quarta-feira, 15 de setembro de 2021

TEXTO PUBLICADO NO FACEBOOK EM NOVEMBRO

 AJUDAS ESPECIAIS

A minha experiência nessa área das ajudas a fundo perdido, pequenas, médias ou grandes, diz me que não há credor mais exigente e despudorado do que este. O credor que recebe a título gratuito é de uma grande exigência e nunca está satisfeito com o que recebe, seja em dinheiro, seja em serviços. É muito mais exigente do que o credor a quem devida uma prestação, normalmente em dinheiro, como contrapartida da por ele prestada.
É chato ter de reconhecer que é assim, mas esta é uma realidade incontornável, diariamente espelhada nas múltiplas exigências veiculadas por meio da comunicação social.
Sendo também certo e incontornável que um Estado social assenta na prestação universal e gratuita de serviços essenciais, como a educação, a saúde e outros, principalmente no domínio da segurança social, não deixa de ser politicamente um erro enveredar por uma política de ajudas especiais, sejam elas ditadas pela conjuntura, pela condição ou profissão do beneficiário ou por qualquer outra razão. Essa ajuda especial nunca é reconhecida como uma ajuda, pelo contrário, é sempre tida como um pagamento devido que ficou muito aquém do exigível. Daí os protestos. Em conclusao:quanto menos excepções menos protestos, quanto menos dádivas especiais menos exigências. Isto para não dizer que a experiência também ensina que, em tempo de crise, estão sujeitos a menos protestos novas exigências de quem manda do que as dádivas de quem oferece.
15/11/2020

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