terça-feira, 6 de janeiro de 2009

QUE DIZER DESTES COMENTADORES?



JOAQUIM AGUIAR NA SIC NOTÍCIAS


Não há hipótese de uma pessoa se dedicar mais intensamente a outros assuntos. A gente liga a televisão e lá está alguém que nos incita a continuar.
Hoje, é Joaquim Aguiar, um homem ressabiado que nunca se redimiu das derrotas sofridas com Eanes. Grandes derrotas!
Ouve-se o homem e imediatamente se percebe que nada tem para nos dizer de positivo. Ele não tem uma proposta, não tem uma ideia alternativa. Ele limita-se a contestar num tom arrogantemente superior a política do Governo. E nada mais. Em alternativa nada diz.
Acha que os investimentos públicos não vão produzir efeitos, repete a cartilha da derrotada direita liberal, afirmando que o Estado está a intervir em tudo como a seguir ao 25 de Abril. E que a CGD é novo IPE.
Enfim, banalidades. Acho que uma pessoa com um mínimo de responsabilidade intelectual não pode deixar de reconhecer que a crise que actualmente se abate sobre Portugal, e não sei quantos mais países, não é da responsabilidade do Governo, quaisquer que tenham sido os seus erros na condução da política económica. Em segundo lugar, o Governo tem um programa de combate à crise, que genericamente se pode considerar keynesiano.
Estes são dois factos indiscutíveis. A partir daqui, uma pessoa politicamente responsável, nomeadamente se não tem responsabilidades políticas directas, onde tudo parece ser permitido, se discorda do programa proposto tem de o criticar e as críticas têm de apontar para uma alternativa. Pelo que Joaquim de Aguiar disse, depreende-se que a posição correcta do Governo seria nada fazer. Deixar desabar a crise sobre os portugueses!
E já agora um conselho: Joaquim Aguiar já foi copiosamente derrotado como conselheiro presidencial. Qualquer tentativa de transferir o poder para Belém, como amplamente foi tentado durante a presidência de Eanes, está condenada ao fracasso. Se JA não aprende com a história, que se pode fazer por ele?
O mais lamentável de tudo isto é que toda a intelectualidade que publicamente se manifesta, seja nas rádios, nos jornais ou nas televisões, é maioritariamente reaccionária. O país deve-lhe o atraso em que está.

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