FAZEM SENTIDO?
Não ouvi toda a intervenção de Teixeira dos Santos no Parlamento, apenas a parte transmitida nas televisões. É certo que talvez a pergunta de Guilherme Silva fosse desnecessária, mas a resposta de Teixeira dos Santos não é aceitável.
A solidariedade não se exprime com palmadinhas nas costas, nem com lutos de três dias. Exprime-se por actos. Às vezes penso o que teria feito o Marquês de Pombal aos economistas do nosso tempo se por impossível anacronismo os pudéssemos pôr a falar com ele nos dias seguintes ao do Terramoto de Lisboa sobre como orientar a reconstrução da cidade de acordo com os cânones do FMI.
É que esta casta de gente está a precisar de uma resposta à Marquês!
Não ouvi toda a intervenção de Teixeira dos Santos no Parlamento, apenas a parte transmitida nas televisões. É certo que talvez a pergunta de Guilherme Silva fosse desnecessária, mas a resposta de Teixeira dos Santos não é aceitável.
A solidariedade não se exprime com palmadinhas nas costas, nem com lutos de três dias. Exprime-se por actos. Às vezes penso o que teria feito o Marquês de Pombal aos economistas do nosso tempo se por impossível anacronismo os pudéssemos pôr a falar com ele nos dias seguintes ao do Terramoto de Lisboa sobre como orientar a reconstrução da cidade de acordo com os cânones do FMI.
É que esta casta de gente está a precisar de uma resposta à Marquês!
1 comentário:
Este "bate boca" tem como pano de fundo uma série de factos que passo a enunciar:
- A Região Autónoma da Madeira tem um PIB per capita superior à média nacional desde há muito tempo (e não sei se não vai continuar a ter, mesmo depois desta tempestade);
- Quando acontecem enxurradas daquelas no Continente, e que é preciso reconstruir uma série de coisas, reduzindo, entre outras coisas, com as verbas enviadas para a Madeira, Alberto João veio a publico barafustar com a redução, nunca se manifestando solidário com as vítimas continentais. Não é preciso recuar muito, basta recuar àquele inverno no inicio da década em que choveu tanto que o Douro inundou a Ribeira do Porto umas 3 ou 4 vezes.
Não nos podemos esquecer donde é originário Fernando Teixeira dos Santos. Porque que raio é que ele tinha de ser solidário para com Alberto João Jardim quando este nunca foi solidário para com mais nenhuma parte territorial do país?
Isto da solidariedade tem duas vias: Não é só receber, também é dar.
Para além disso, se a Madeira tem um PIB per capita superior à média nacional, e se é uma das regiões mais desenvolvidas economicamente do país, como é que tem a lata de pedir um esforço ao resto do país para financiar a reconstrução deles? O pessoal aqui já está à rasca, e ainda tem de financiar a reconstrução duma parcela de terreno que nunca deu nada ao todo nacional? Será que tenho de lembrar que cada cêntimo de imposto cobrado na Madeira é gasto na Madeira? Que a Madeira nunca contribuiu nada para o bolo nacional?
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