A ESTRATÉGIA DA ENTREVISTADORA
Ficou claro que a "Sra dona primeira-dama de Sintra" tinha uma estratégia para a entrevista de Defensor Moura: uma estratégia que nada tinha a ver com a possibilidade de o candidato expor com clareza o seu programa e simultaneamente criticar o programa dos adversários, dizendo do mesmo passo o que pensa das respectivas candidaturas, mas antes impedi-lo, a qualquer preço, de falar sobre Cavaco Silva.
Conhecendo a frontalidade de Defensor Moura dos debates da pré-campanha, nomeadamente o modo como afrontou Cavaco Silva, a Sra entrevistadora enredou a conversa, pondo-o a falar dos recursos financeiros de que dispõe para fazer a campanha, das suas hipotéticas divergências com a linha oficial do PS ou do processo "Face Oculta" (que nada tem a ver com a campanha eleitoral), de modo a cortar cerce qualquer tentativa de o candidato se referir a Cavaco Silva, que é, no fundo, aquele contra quem ele se candidata.
Assistimos, portanto, a mais um vergonhoso exercício do modo como entre nós se interpreta a liberdade de imprensa. No entanto, apesar de todos os esforços, a Sra entrevistadora não conseguiu evitar tratar do assunto BPN, acabando por dar a Defensor Moura breves instantes para abordar o tema. Apesar de interrompido, Moura deixou o essencial do que interessa saber: O BPN é um banco que participou em múltiplos negócios ilícitos ora proporcionando lucros incomportáveis, ora fomentando pseudo-investimentos como meio de transferência ilícita de recursos.
Quem vai pagar a actividade criminosa do BPN e a gestão danosa pela qual são responsáveis nomes grandes do “cavaquismo” é o povo português.
Ora, sabe-se, por investigação jornalística, que o cidadão Cavaco Silva e família investiram mais de trezentos mil euros em acções da entidade proprietária do BPN, tendo em pouco mais de um ano auferido lucros de 140%! Cavaco vai ter de explicar como isto foi possível.
Uma coisa é certa: não é a "Sra dona primeira-dama de Sintra" que estará interessada no aprofundamento deste assunto. Portanto, é bom que os restantes candidatos, independentemente das perguntas que a dita Sra lhes faça, abordem o tema com frontalidade e deixem no ar as perguntas que ela não quer fazer.
Ficou claro que a "Sra dona primeira-dama de Sintra" tinha uma estratégia para a entrevista de Defensor Moura: uma estratégia que nada tinha a ver com a possibilidade de o candidato expor com clareza o seu programa e simultaneamente criticar o programa dos adversários, dizendo do mesmo passo o que pensa das respectivas candidaturas, mas antes impedi-lo, a qualquer preço, de falar sobre Cavaco Silva.
Conhecendo a frontalidade de Defensor Moura dos debates da pré-campanha, nomeadamente o modo como afrontou Cavaco Silva, a Sra entrevistadora enredou a conversa, pondo-o a falar dos recursos financeiros de que dispõe para fazer a campanha, das suas hipotéticas divergências com a linha oficial do PS ou do processo "Face Oculta" (que nada tem a ver com a campanha eleitoral), de modo a cortar cerce qualquer tentativa de o candidato se referir a Cavaco Silva, que é, no fundo, aquele contra quem ele se candidata.
Assistimos, portanto, a mais um vergonhoso exercício do modo como entre nós se interpreta a liberdade de imprensa. No entanto, apesar de todos os esforços, a Sra entrevistadora não conseguiu evitar tratar do assunto BPN, acabando por dar a Defensor Moura breves instantes para abordar o tema. Apesar de interrompido, Moura deixou o essencial do que interessa saber: O BPN é um banco que participou em múltiplos negócios ilícitos ora proporcionando lucros incomportáveis, ora fomentando pseudo-investimentos como meio de transferência ilícita de recursos.
Quem vai pagar a actividade criminosa do BPN e a gestão danosa pela qual são responsáveis nomes grandes do “cavaquismo” é o povo português.
Ora, sabe-se, por investigação jornalística, que o cidadão Cavaco Silva e família investiram mais de trezentos mil euros em acções da entidade proprietária do BPN, tendo em pouco mais de um ano auferido lucros de 140%! Cavaco vai ter de explicar como isto foi possível.
Uma coisa é certa: não é a "Sra dona primeira-dama de Sintra" que estará interessada no aprofundamento deste assunto. Portanto, é bom que os restantes candidatos, independentemente das perguntas que a dita Sra lhes faça, abordem o tema com frontalidade e deixem no ar as perguntas que ela não quer fazer.
6 comentários:
Caro JMCorreia-Pinto,
Não vi o debate mas, por ser claro o sentido estratégico que descreve e perceptíveis as intenções em que assentou, faço link, na esperança de que a interpretação destas subtilezas não permite o grassar da ambiguidade discreta com que, estrategicamente, procuram formatar o pensamento da opinião pública.
Obrigado.
Abraço.
Presente ... e informada sobre algo que não vejo...
Obrigada Zé Manel.~
Abraço.
AM
Certo e certeiro post. Apesar de já estar habituado às habilidades da entrevistadora, que fala mais que o entrevistado, não pude deixar de me irritar mais uma vez ao vê-la interromper o entrevistado e desviar a conversa quando ela não lhe convinha.
Abraço
HP
Há TóTós, que em casa têm muita sorte... A judite PSD de Sousa sabe a quem me refiro...
Como é possível um candidato com (0,7%) nas sondagens, tipo POUS, ter direito a tanto tempo de antena ( entrevistas )
É curioso que está realidade nunca aconteceu em Portugal!
Tem o mesmo direito,dado que sondagens são o que são.Como o Cavaco tem as sondagens a favor,pois já anda em campanha,há muito tempo,ainda queria ter mais tempo de antena? E ainda ter a Judite,PSD,como entrevistadora....Que rica ideia de Democracia!!!!
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