UMA LEMBRANÇA INESQUECÍVEL
Recordo de Vítor Alves a leitura do programa do MFA na manhã de 26 de Abril de 1974. Depois de um dia vivido com grande intensidade, na Guiné, acompanhando pela rádio, quando havia directos, e pelos telex da Marinha, as vicissitudes da manhã e tarde do 25 de Abril, caiu uma sombra de dúvida e de tristeza quando, no começo da madrugada, se soube da composição da Junta de Salvação Nacional e se acompanhou a intervenção de Spínola.
Logo a seguir, a emissora oficial do PAIGC, alertava contra mais uma manobra spinolista e reiterava a vontade de continuar a luta até à vitória final.
Na manhã seguinte, a leitura integral do Programa do MFA, por Vítor Alves, dissipou todas as dúvidas.
Por muitas razões fica o nome de Vítor Alves associado ao 25 de Abril, mas esta para quem estava fora do teatro da Revolução não será certamente a menor!
Recordo de Vítor Alves a leitura do programa do MFA na manhã de 26 de Abril de 1974. Depois de um dia vivido com grande intensidade, na Guiné, acompanhando pela rádio, quando havia directos, e pelos telex da Marinha, as vicissitudes da manhã e tarde do 25 de Abril, caiu uma sombra de dúvida e de tristeza quando, no começo da madrugada, se soube da composição da Junta de Salvação Nacional e se acompanhou a intervenção de Spínola.
Logo a seguir, a emissora oficial do PAIGC, alertava contra mais uma manobra spinolista e reiterava a vontade de continuar a luta até à vitória final.
Na manhã seguinte, a leitura integral do Programa do MFA, por Vítor Alves, dissipou todas as dúvidas.
Por muitas razões fica o nome de Vítor Alves associado ao 25 de Abril, mas esta para quem estava fora do teatro da Revolução não será certamente a menor!
1 comentário:
Temos exatamente a mesma memória, tu na Guiné, eu na Suíça. Ao fim daquele dia de ouvido colado á rádio, aquela transmissão de TV da junta causou-me horas e muito dinheiro de telefonemas a camaradas em Lisboa e ninguém me tranquilizou por completo, até um grande amigo comum, grande micaelense injustamente esquecido - adivinhas? - me assegurar que o Melo Antunes era nosso aval.
Conheci então episodicamente Vítor Alves, mas só o conheci relativamente bem, com convívio frequente em casa de amigos comuns e depois em longas cavaqueiras na nossa praia comum, na Poça, já ele estava na reserva, extinto o CR. Era um gentleman. É o que agora mais me ocorre como definição. E, para mim, com a educação "bife" que o meu pai me tentou dar, é dizer muito.
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