segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O ATENTADO DO ARIZONA




AS CONSEQUÊNCIAS DO DISCURSO DO TEA PARTY

A extrema-direita americana, com a cumplicidade e a cobardia de toda a direita, insiste na ideia de que está em curso uma tentativa de descaracterização da América levada a cabo pelas “elites” brancas instruídas com o apoio eleitoral dos hispânicos, afro-americanos e todas as demais minorias progressistas.
E prega a guerra sem quartel a todos os que recusam os pressupostos político-filosóficos da sua intervenção. O Arizona é um estado que, pela sua localização e composição étnica, tem estado sob a mira do Tea Party e onde o Partido Republicano, dominante nas últimas eleições, tem posto em prática uma política de emigração que recorda alguns dos piores exemplos das políticas segregacionistas seguidas pelos estados do Sul há 50 anos.
Foi contra este clima que se insurgiu e foi eleita a congressista democrata Gabrielle Giffords, gravemente ferida no atentado que em Tucson matou seis pessoas e feriu mais onze.
Embora não se possa afirmar que exista uma relação directa entre o atentado e um grupo político específico, há, sem dúvida, um clima de intolerância e de crispação no seio da direita que propicia este tipo de actos.
A congressista estava na famosa lista de Sara Palin, como um dos alvos, pelas posições que havia defendido na Câmara dos Representantes no anterior mandato (2008-2010).

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