PEQUENAS NOTAS
Afinal, onde estavam as bombas – Zeca Mendonça, conhecido funcionário do PPD/PSD, numa entrevista ao Público de hoje, diz que, em 1975, estando ele de serviço na sede do partido, houve uma denúncia telefónica que levou à intervenção da brigada de minas e armadilhas. “Felizmente não chegaram a entrar no edifício porque o sétimo andar estava cheio de cocktails molotov”, disse.
A dupla Seguro/Zorrinho – O líder parlamentar do PS confirmou hoje aquilo que já se sabia: o PS vai votar favoravelmente o tratado que impõe 0,5% como limite máximo do défice estrutural. E Seguro no mais genuíno estilo PS acrescenta: "O PS votará a favor do tratado mas ao mesmo tempo apresentará um projecto de resolução para que se desenvolva desde já um movimento na Europa (…) para que haja um complemento ao tratado”. Se desde o jardim-escola, ainda de bibe, nas jotinhas, Seguro foi aprendendo tudo o que havia para aprender sobre o PS para quê substituí-lo? Alguém faria melhor?
Valença Pinto – Agora a coisa fia mais fino. Valença Pinto não é nem nunca foi um militar com simpatias à esquerda. Mas como general do Exército e ex-alto responsável dos mais altos cargos militares sabe, melhor do que ninguém, que a política que está a ser seguida relativamente às Forças Armadas é uma política contra Portugal. Faz por isso um apelo sereno, mas cheio de significado, a Cavaco. E para que não haja dúvidas sobre as preocupações das FA conclui: “ Impõe-se que as lideranças políticas e militares compreendam que em conjunto partilham deveres (…) A uns e a outros importa a valorização das FA e da especificidade militar. Não em função de um suposto interesse exclusivo das FA, mas sim em obediência ao interesse superior de Portugal e do nosso Estado”.
A crise do euro – É cada vez mais generalizada a convicção de que o pior está para vir. Não apenas na Grécia, em Portugal, na Itália e na Espanha, mas em toda a Europa, nomeadamente em França e, por último, na Alemanha. Do outro lado do Atlântico há a convicção de que Portugal vai cair e que a relativa acalmia dos mercados depois das massivas injecções de capital do BCE é um efeito de curto prazo. Quando a crise do euro voltar a agudizar-se – e isso acontecerá em breve – a Itália e a Espanha cairão na mesma situação que Portugal.
E neste contexto ninguém se salvará: nem a Alemanha!
Sobre a parte da crise do Euro senti no seu comentário um certo negativismo ou talvez uma pontinha de vingança.
ResponderEliminarEstou na Alemanha e tal como em Portugal os adeptos do 24 de Abril venceram também pode ter a certeza que a Alemanha não vai abaixo assim com tanta facilidade.
Quem tem dinheiro e poder tem todo o tempo do Mundo.
Só para quem passa fome é que a revolução é urgente.
Cumprimentos de Munique.
JcD
O Senhor Dr. deveria querer dizer maciças e não "massivas", pois para quem escreve num Português perfeito, como V. Ex.,não é aceitável utilizar uma designação que não pertence ao léxico.
ResponderEliminarMeu Caro amigo
ResponderEliminarLamento decepcioná-lo mas maciço é que eu não queria nem quero mesmo dizer. Maciço é o que é feito de matéria compacta, sem partes ocas.Como adjectivo nunca pode ter o significado que lhe pretende dar, embora como substantivo - o que não é o caso da frase - possa ter um significado um pouquinho diferente.
Injecções massivas são injecções em massa. O problema que se pode pôr é o de certos dicionários - grandes dicionários da língua portuguesa - não registarem essa palavra. E, então, se essa for a norma deveria dizer-se injecções em massa. Mas nunca maciças. A verdade, porém, é que o uso do adjectivo massivo está muito vulgarizado.
JMCP
Lamento contrariá-lo, Senhor Dr., mas a designação "massiva(s)" não é uma palavra portuguesa.
ResponderEliminarConcordo que certos dicionários - aliás isto é um facto, não uma opinião - não registam a palavra e se esse for o critério a palavra não existirá na língua portuguesa. Mas qual é o critério para a introdução de novas palavras? Onde é que a designação de massivo como adjectivo com o sentido de "em massa" fere os princípios?
ResponderEliminarBem, pode prescindir-se do adjectivo quando ele não estiver reconhecido na língua, como noutros casos, pelo mesmo motivo, se prescinde do substantivo e usar em vez deles as respectivas locuções adverbiais ou verbais. Agora, o que não aceito é que "em massa" no sentido usado no texto - ou seja, em enormes quantidades - seja substituído por maciço. Isso é que nunca. E sabe porquê? Porque um pequenino pãozinho de milho com alguns dias fica muito mais maciço do que quando acabou de ser cozido...
Já viram como se escreve no novo acordo ortográfico - a "Nova Biblia" da língua portuguesa? Aí é que a asneira é verdadeiramente livre!
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