MAIS UM EXEMPLO
Nunca tinha visto um programa da SIC no qual participam
António Barreto e Ferreira Leite e, ao que me dizem, outros parecidos com eles mas que
por qualquer razão que desconheço hoje não estavam presentes.
Para estar regularmente presente frente ao grande público,
seja na TV, seja nos jornais, seja em qualquer outro lado, é preciso ter qualidade,
alguma qualidade, dizer ou escrever coisas que possam captar minimamente a atenção dos outros, sob pena essa presença se transformar numa “seca” monumental para
quem os ouve ou lê. Pois, é claro, há sempre a possibilidade de mudar de
canal ou de fazer o que eu em 99,9% dos casos faço. Desconheço-os; é como se não
existissem.
Mas a verdade é que eles existem, estão lá e a probabilidade
de noutros lados estarem outros exactamente como eles é muito grande.
Hoje falaram sobre incêndios, sobre o Crato e sobre a
Espanha. Sobre os incêndios a Ferreira Leite diz que é o tema recorrente e que quando
está calor arde sempre muita coisa. Ora aí está um conjunto de ideias importante.
Daquelas que fazem reflectir e nos ensinam a pensar. O Barreto é mais modesto
nas suas apreciações: o que é preciso é saber se aqui arde mais ou menos do que
nos países semelhantes ao nosso. É preciso ter um cadastro e mais isto e mais aquilo…
Sobre o Crato, Barreto é muito animador: gosta muito do Crato
como amigo, como professor, como homem e mais outras coisas que o Crato tem e
que eu agora não me lembro. Sobre essa coisa de as turmas passarem a ter mais
alunos e haver muitos professores com horário zero, Barreto só fala com números
na mesa. Se há muitos de ginástica e poucos de matemática que é que tem a ver
uma coisa com a outra. Afinal, fala. Mas só fala com o contexto que ele próprio
cria sem os tais números na mesa. E há outra coisa de que o Barreto gosta
muito: é da tal escola que o Crato quer fazer. Da escola que não dependa do
Ministério. Da escola autónoma regulada pelos paizinhos dos alunos do bairro da
Boavista, do Casal Ventoso, da Lapa e da Quinta da Marinha, obviamente. Ora ai
está mais uma ideia brilhante. E muito avançada…
A Ferreira Leite, essa não conhece o Crato de lado nenhum, ou
seja, conhece-o tanto como ele a conhece a ela, mas acha que ele é um ministro
que quer melhorar o ensino. Fantástico, mas mais fantástica ainda foi a objecção
do comentador: Então, a Senhora acha que é isso que o distingue dos seus
antecessores? Essa terá sido naturalmente uma preocupação comum a todos os que por
lá passaram, não acha? perguntou. E ela que já por lá passou como contabilista,
respondeu. Nem sempre. Por exemplo, a seguir ao 25 de Abril a preocupação era
mais a quantidade. E foi desse mal que sofremos durante muitos anos.
Que mais dizer? Com cavernícolas destes não há mesmo mais
nada para dizer. Mas ainda há. Há a questão da Espanha. Barreto põe o ar mais
inteligente e respeitável que é possível ensaiar para a televisão e responde
com modéstia extrema: se é inevitável ou não o resgate é assunto sobre que não
tenho opinião.
Já Ferreira Leite segue nessa matéria a profunda sabedoria popular
do ignorante: se eles se lixarem é capaz de ser bom para nós, porque quanto
maiores forem os que se vão lixando maior é a probabilidade de eles (o eles só
podem ser os “homens de negro”) olharem para nós de outra maneira.
Declaração de plágio: o “lixarem” aprendi eu ontem com o
Primeiro Ministro. A senhora disse o mesmo por outras palavras…é que uma
senhora é uma senhora, como dizia o O’Neill.
E esta senhora é sempre uma Senhora, com o seu eterno colar de pérolas. Quer chova, quer faça sol.
ResponderEliminarTambém vi de relance o programa e julguei que a irrelevância fosse da minha estupidez ou desatenção.
Quem costuma ir ao Contra-corrente, se não estou em erro, é a Teresa Patrício Gouveia e o Jorge Sampaio. Costumo gostar.
A Teresa Patrício Gouveia, tal como o Jorge Sampaio são pessoas cultas, muito informadas e interessantes, apesar da contenção. Suponho que é este programa, posso estar enganada. Eles são tantos!... Frente-a frente, e por aí fora.
É inevitável que aconteça este cansaço, dado o formato. Já não os distinguimos. E os intervenientes, como se multiplicam nas suas intervenções e exposição, acabam por não ter que dizer, ou a repetir-se.
MHelena
mas saiba que o critério de saber estar em televisão é justamente o que o jornalismo convoca. e por isso não se chama outros, de outros partidos que isso é gente sem telegenia.
ResponderEliminarEstes merdosos,sim,já que é assim que eles ladram,então bora la´...
ResponderEliminarEstes "senadores,são do melhor que há na terra dos tugas!Eu, quando me quero rir,é só ouvir e vê-los. A uma, os estudantes mostraram-lhe as peidòlas,depois valorizou as açôes em bolsa do Benfica por decreto...enfim, são tantas,a dessa tipa, que nem vale falar mais. O outro,pois esse é um "Senhor do NORTE",todo ele uma "casta"....ar grave, como se usa, até para dar uma de "honestissimo", o que é facto, é que mamou em enumeras consultadorias para o ESTADO, que ele agora ataca tão ferozmente,tem as mãos sujas de sangue,na morte de dois trabalhadores rurais em Castro Verde,quando foi ministro da Agricultura, aí era todo xuxialista.Criou a Prodata, SEM FINS LUCRATIVOS,esperem pela pancada que vão vêr...enfim um nojo,que afirmou que "adorava" que os combustiveis estivessem a mais de 2 euros, porque assim se "poupava muito", e os tugas andavam mais a pé. Menos o cavalheiro, que nem carta tem,mas tem muito guito, e por isso, quando andava nas consultadorias á pala do estado, apanhava o comboio das 17 horas em Lisboa, e ia até Gaia onde tinha lá choufer/jarbas, á porta...e não digo mais nada ,tal o asco que esse personagem me dá.
bolas a dos blogues passa-lhes à frente em todas as frentes
ResponderEliminare até em todas as traseiras
se vilhena fosse vivo até se espantava
a têvê já nã é o maior veículo de estupidificação
cação é bom em sopas