COITADO DO PASSOS
COELHO…
Os “maduros” do Governo inventaram agora uma cabala para
vitimizar Passos Coelho aos olhos da opinião pública. O político de Massamá,
que mora nos arrabaldes da grande cidade, que faz férias em praias onde abundam
os parques de campismo e as roulottes, que não cede aos poderosos na defesa dos
supremos interesses da Pátria, está sendo agora vítima desse seu comportamento
impoluto, desse seu carácter incorruptível de quem não hesita entre uma vida honrosa
mas modesta e um desafogo que certos favores e a respectiva reciprocidade lhe
poderiam proporcionar.
Coitado do Passos
Coelho! Tão isolado na vida política! Tão deprimido nas
sensações! Coitado do amigo de Relvas que trabalhou arduamente na
Tecnoforma na formação de mais de um milhar de técnicos de três aeródromos da
zona centro seguramente na esperança de os poder tornar úteis numa qualquer
ex-colónia por via desse altruísta braço armado da empresa-mãe que se deu pelo
nome de Centro Português para a Cooperação, de cuja existência enquanto vivo
nunca ninguém ouvira falar.
Coitado de Passos Coelho que está agora sendo vítima desse
seu labor altruísta por torpes insinuações de poderosos influentes habituados a
gorjetas de milhões e a múltiplos perdões por esquecimentos fiscais. Coitado de
Passos Coelho que está agora a sofrer as consequências de os ter deixado cair na
hora em que eles precisavam desesperadamente de ajuda.
Pois é, o problema de Passos Coelho é mesmo esse. Passos
Coelho, tal como Cavaco, não tem coragem para grandes voos e os consequentes
réditos de quem na política nacional sabe actuar em grande com a capacidade predadora
de quem não perde a oportunidade de arrecadar milhões do caudal que lhes está a
passar por perto. Falta-lhes o arrojo empreendedor de Dias Loureiro, de Duarte Lima,
de Salgado, de Oliveira e Costa e de tantos e tantos outros de quem se não
duvida do empreendedorismo mas que sempre tiveram a inteligência e arte
suficientes para o praticar sem rastro excessivamente visível.
Ficam-se pelas pequenas migalhas: umas acçõezitas compradas a
baixo preço e logo vendidas pelo dobro, umas trocas e baldrocas de terrenos e
de casas de valor desigual, umas remunerações de porteiro hábil e experiente na
abertura de portas, enfim, uma actuação a que Eça desdenhosamente apelidaria de “comendador
Pinho”.
Por isso se compreende que perante tanto empreendedorismo
Passos Coelho até tenha vergonha de explicitar as “migalhas” que Vasco o acusa
de ter debicado…
Uma peça que é um mimo!
ResponderEliminarE "coitado dele que tem tanta pena de si mesmo! "
ResponderEliminarBoa fotografia!
ResponderEliminarNo entanto, quando diz, "Ficam-se pelas pequenas migalhas:....... de “comendador Pinho”", parece-me concluir que os figurantes que ocupam o 1º e 3º lugar na hierarquia do Estado são comparáveis na sua "grandeza". Acho que deve fazer-me alguma diferença. Num caso estamos perante um rapazola a quem os mestres decidiram atribuir uma sinecurazinha bem agradável e cómoda como a muitos muitos outros! No outro, trata-se de um ex-PM em três legislaturas e que acalentava expectativas, infelizmente bem fundadas, de vir a ocupar o lugar cimeiro do Estado que, além do poder, tem uma enorme uma carga simbólica!
Para além de se enlamear por umas centenas de milhar de euros (ao que parece), a sua noção sobre a simbologia do cargo reforçou-a ao repudiar o vencimento da função (PR) em troca de uma reforma obtida, concerteza, no âmbito de um dos múltiplos sub-sistemas especialmente concebidos para pargar serviços "relevantes".
lg
Em vez de "fazer-me" queria escrever "fazer-se".
ResponderEliminarPassos Coelho pode estar só
ResponderEliminarmas não está isolado
Pergunte-se ao Cavaco