sexta-feira, 3 de outubro de 2014

PASSOS COELHO AMEAÇADO?


 

COITADO DO PASSOS COELHO…

 

Os “maduros” do Governo inventaram agora uma cabala para vitimizar Passos Coelho aos olhos da opinião pública. O político de Massamá, que mora nos arrabaldes da grande cidade, que faz férias em praias onde abundam os parques de campismo e as roulottes, que não cede aos poderosos na defesa dos supremos interesses da Pátria, está sendo agora vítima desse seu comportamento impoluto, desse seu carácter incorruptível de quem não hesita entre uma vida honrosa mas modesta e um desafogo que certos favores e a respectiva reciprocidade lhe poderiam proporcionar.

Coitado do Passos Coelho! Tão isolado na vida política! Tão deprimido nas sensações! Coitado do amigo de Relvas que trabalhou arduamente na Tecnoforma na formação de mais de um milhar de técnicos de três aeródromos da zona centro seguramente na esperança de os poder tornar úteis numa qualquer ex-colónia por via desse altruísta braço armado da empresa-mãe que se deu pelo nome de Centro Português para a Cooperação, de cuja existência enquanto vivo nunca ninguém ouvira falar.

Coitado de Passos Coelho que está agora sendo vítima desse seu labor altruísta por torpes insinuações de poderosos influentes habituados a gorjetas de milhões e a múltiplos perdões por esquecimentos fiscais. Coitado de Passos Coelho que está agora a sofrer as consequências de os ter deixado cair na hora em que eles precisavam desesperadamente de ajuda.

Pois é, o problema de Passos Coelho é mesmo esse. Passos Coelho, tal como Cavaco, não tem coragem para grandes voos e os consequentes réditos de quem na política nacional sabe actuar em grande com a capacidade predadora de quem não perde a oportunidade de arrecadar milhões do caudal que lhes está a passar por perto. Falta-lhes o arrojo empreendedor de Dias Loureiro, de Duarte Lima, de Salgado, de Oliveira e Costa e de tantos e tantos outros de quem se não duvida do empreendedorismo mas que sempre tiveram a inteligência e arte suficientes para o praticar sem rastro excessivamente visível.

Ficam-se pelas pequenas migalhas: umas acçõezitas compradas a baixo preço e logo vendidas pelo dobro, umas trocas e baldrocas de terrenos e de casas de valor desigual, umas remunerações de porteiro hábil e experiente na abertura de portas, enfim, uma actuação a que Eça desdenhosamente apelidaria de “comendador Pinho”.

Por isso se compreende que perante tanto empreendedorismo Passos Coelho até tenha vergonha de explicitar as “migalhas” que Vasco o acusa de ter debicado…

 

5 comentários:

  1. E "coitado dele que tem tanta pena de si mesmo! "

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  2. Boa fotografia!

    No entanto, quando diz, "Ficam-se pelas pequenas migalhas:....... de “comendador Pinho”", parece-me concluir que os figurantes que ocupam o 1º e 3º lugar na hierarquia do Estado são comparáveis na sua "grandeza". Acho que deve fazer-me alguma diferença. Num caso estamos perante um rapazola a quem os mestres decidiram atribuir uma sinecurazinha bem agradável e cómoda como a muitos muitos outros! No outro, trata-se de um ex-PM em três legislaturas e que acalentava expectativas, infelizmente bem fundadas, de vir a ocupar o lugar cimeiro do Estado que, além do poder, tem uma enorme uma carga simbólica!
    Para além de se enlamear por umas centenas de milhar de euros (ao que parece), a sua noção sobre a simbologia do cargo reforçou-a ao repudiar o vencimento da função (PR) em troca de uma reforma obtida, concerteza, no âmbito de um dos múltiplos sub-sistemas especialmente concebidos para pargar serviços "relevantes".
    lg

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  3. Em vez de "fazer-me" queria escrever "fazer-se".

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  4. Passos Coelho pode estar só

    mas não está isolado

    Pergunte-se ao Cavaco

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