ENTRE A ESPERANÇA E O REALISMO
Gostei como de nenhum outro do debate entre Marisa Matias e
Henrique Neto. Sendo porventura o candidato mais bem preparado e com ideias
mais firmes sobre o que deseja para Portugal, Henrique Neto deixou-se seduzir pelo
entusiasmo juvenil e pela pureza de ideais de Mariza Matias, a quem seguramente
reconhece a sinceridade das suas convicções e a completa ausência de interesses
estranhos aos propósitos por que luta.
Foi o debate entre as ilusões de uma juventude generosa e a
maturidade de quem já viu frustradas muitas das ilusões acalentadas ao longo da
vida, mas que nem por isso se refugia no cinismo ou no inconformismo de quem já
não acredita na mudança. Neto concorda seguramente com a maior parte dos
objectivos de Marisa Matias – o seu percurso aponta certamente nesse sentido –
mas sabe, melhor do que qualquer outro candidato, que para lá chegar é preciso
fazer antes muita outra coisa e não apenas confiar em que os resultados ocorram
naturalmente como consequência necessária dos propósitos mais generosos.
Interessante também o debate sobre a Europa (democracia e dívida) e a globalização (poder e democracia),
em que Neto defendeu uma estratégia bem mais eficaz do a que normalmente é apresentada
por quase todos os que se propõe saltar directamente para os fins sem ter em
conta o caminho que é necessário antes percorrer para que experiências frustrantes
e traumatizantes como as que já conhecemos não voltem a repetir-se.
Finalmente, o atestado de menoridade mental passado a Cavaco
Silva foi certamente um dos pontos altos do debate.
MariSa, MariSa, MariSa, MariSa, MariSa, MariSa, MariSa, MariSa, MariSa, MariSa, MariSa, MariSa, MariSa.
ResponderEliminarO outono do patriarca ou a campanha em que o comentador está cansado,,,
ResponderEliminarAi Senhor ou Senhora anónimo, que irritação. Se esse é nome da candidata - e poderia não ser, nem eu sou obrigado a sabê-lo porque nunca vi o seu documento de identificação - que não seja por isso que a MariSa não passa à segunda volta.
ResponderEliminarDá-me muito trabalho explicar-lhe por que razão eu supus que a Marisa era Mariza e de que como eu meu (modestíssimo) entender a Mariza se quadra muito melhor com ela do que a Marisa. Enfim, mas que não seja por isso que a gente se zangue. Já bastam as desavenças do futebol entre Jesus e Lopetegui por razões semelhantes...
Não há zanga nenhuma. A repetição era a ver se se notava o ponto. E eu até vou votar no Nóvoa.
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