PARA MEMÓRIA FUTURA
EUROBONDS
Como já tive oportunidade de dizer tanto no
texto que escrevi sobre o assunto (Covid19 na UE) bem como em comentários
dispersos, não sou nada favorável à emissão de Eurobonds, fundamentalmente
porque eles têm um pressuposto tóxico que os torna inviáveis, além de que
aumentam a dívida.
Explicando melhor: a desconfiança entre os
membros da UE é enorme; não há solidariedade entre eles, nem sequer para defesa
dos interesses próprios, por isso apelar para uma responsabilidade solidária entre os Estados
Membros em matéria de empréstimos, quando eles nem sequer confiam na
solvabilidade dos seus parceiros que recorrem unilateralmente ao crédito, só
poderia dar mau resultado.
Aliás, a ideia vale relativamente a todos. Imagine-se o que diria a opinião pública portuguesa se soubesse que o Estado português se responsabilizava solidariamente pelos empréstimos contraídos pelo Estado holandês e que este os aplicava, por exemplo, para apoiar a reabertura de casas de putas em Amsterdão ou a reabertura de supermercados de droga, umas e outros muito afectados pela crise causada pelo COVID 19. Ninguém aceitaria.
A solução terá, portanto, de ser outra. E a única aceitável é a que passa pelo financiamento directo dos Estados pelo Banco Central Europeu.
Aliás, a ideia vale relativamente a todos. Imagine-se o que diria a opinião pública portuguesa se soubesse que o Estado português se responsabilizava solidariamente pelos empréstimos contraídos pelo Estado holandês e que este os aplicava, por exemplo, para apoiar a reabertura de casas de putas em Amsterdão ou a reabertura de supermercados de droga, umas e outros muito afectados pela crise causada pelo COVID 19. Ninguém aceitaria.
A solução terá, portanto, de ser outra. E a única aceitável é a que passa pelo financiamento directo dos Estados pelo Banco Central Europeu.
O NOTICIÁRIO
DA RTP
No
noticiário da RTP da uma da tarde pode sempre distinguir-se duas fases.
A primeira é de crítica, por vezes contundente, ao Estado e, obviamente, a quem gere. O Estado é acusado de todos os males, todas as exigências lhe são dirigidas e todas as culpas lhe são imputadas, directa ou subliminarmente.
Depois há uma segunda fase de elogio a algumas entidades, como câmaras, a do Porto, por exemplo, e ao seu excelso presidente, a IPSS (imagine-se), a empresas pela sua contribuição no combate à pandemia. Hoje até tiveram o descaramento de elogiar o Novo Banco, esse bastardo da democracia que nos suga até aos últimos tostões.
O Provedor só não vê isto se não quiser. E se vê e cala, é porque está de acordo.
Já nem sequer vou falar daquela organização que teoricamente acompanha o funcionamento da RTP composta por tachistas profissionais, porque não adianta.
Tudo isto acontece porque uma velha e sábia regra caiu em desuso:
"Cão que morde no dono deve ser posto no canil para abate".
A primeira é de crítica, por vezes contundente, ao Estado e, obviamente, a quem gere. O Estado é acusado de todos os males, todas as exigências lhe são dirigidas e todas as culpas lhe são imputadas, directa ou subliminarmente.
Depois há uma segunda fase de elogio a algumas entidades, como câmaras, a do Porto, por exemplo, e ao seu excelso presidente, a IPSS (imagine-se), a empresas pela sua contribuição no combate à pandemia. Hoje até tiveram o descaramento de elogiar o Novo Banco, esse bastardo da democracia que nos suga até aos últimos tostões.
O Provedor só não vê isto se não quiser. E se vê e cala, é porque está de acordo.
Já nem sequer vou falar daquela organização que teoricamente acompanha o funcionamento da RTP composta por tachistas profissionais, porque não adianta.
Tudo isto acontece porque uma velha e sábia regra caiu em desuso:
"Cão que morde no dono deve ser posto no canil para abate".
20/04/09
PONTOS NOS
IS
Quando
se começou a falar na reunião do Eurogrupo, para decisão sobre as formas de
"apoio" aos Estado, logo aqui escrevi o que já anteriormente havia
escrito em comentários dispersos:
A única acção aceitável por parte da UE seria o financiamento directo dos Estados pelo Banco Central Europeu.
Somente dias mais tarde o Banco de Inglaterra anunciou que iria seguir este caminho. Portanto, não foi com base no exemplo inglês que apresentei o meu ponto de vista, discordando abertamente dos eurobonds pelas razões então apontadas e que se mantêm válidas.
Em nenhum outro escrito vi defender solução idêntica à aqui preconizada (ver neste blogue - A União Europeia e a decisão do Eurogrupo).
A única acção aceitável por parte da UE seria o financiamento directo dos Estados pelo Banco Central Europeu.
Somente dias mais tarde o Banco de Inglaterra anunciou que iria seguir este caminho. Portanto, não foi com base no exemplo inglês que apresentei o meu ponto de vista, discordando abertamente dos eurobonds pelas razões então apontadas e que se mantêm válidas.
Em nenhum outro escrito vi defender solução idêntica à aqui preconizada (ver neste blogue - A União Europeia e a decisão do Eurogrupo).
20/04/11
OS PATRÕES EM FRANÇA
Em França, os patrões já estão a dizer que, para recuperar as perdas, vai ser preciso trabalhar mais tempo e mais horas, ter menos férias e ganhar menos
Assim, tal qual.
Camarada, põe-te em guarda!
20/04/12
CUBA
Estou a ver em directo a informação diária dada
pelo Ministerio de Salud Publica sobre COVID 19 no país. É uma informação
detalhadíssima como nunca vi em nenhum lado.
Mas que interesse tem isso? 90% ou 80% das cabeças formatadas pelas centrais de intoxicação dirão que é tudo mentira. Verdadeira será a dos Estados Unidos. É tão verdadeira que, infelizmente, nem eles sabem bem o que se passa.
Que fazer, se não há champô que as lave!
Mas que interesse tem isso? 90% ou 80% das cabeças formatadas pelas centrais de intoxicação dirão que é tudo mentira. Verdadeira será a dos Estados Unidos. É tão verdadeira que, infelizmente, nem eles sabem bem o que se passa.
Que fazer, se não há champô que as lave!
20/04/12
BORIS JONHSON
Por quem tenho simpatia, não política mas
humana, fez uma declaração comovente que acabei de ver na Sky News.A ver na íntegra.
UNIÃO EUROPEIA
Até o Poiares Maduro é pelo financiamento
directo
E diz, e bem, que isto é mais dívida e muita desigualdade.
O João Soares também está a falar. Mas aí peço desculpa. Não estou interessado.
E diz, e bem, que isto é mais dívida e muita desigualdade.
O João Soares também está a falar. Mas aí peço desculpa. Não estou interessado.
20/04/12
SUÉCIA COM ELES
Sobre a malta que protesta por tudo e por nada,
aqui há um mês e meio sugeri lhe que fosse para os Estados Unidos, onde na
altura não havia limitações. Agora sugiro lhe que vá para a Suécia. Aproveite
enquanto é tempo. Mais uns dias e já terá a sua sagrada liberdade limitada.Há malta que não se enxerga, nem enxerga o que se está a passar. E não adianta fazer um desenho...
COVID 19 E BAIXA ESCOLARIDADE
Dizem os sociólogos, ou um sociólogo, ou diz o
Público que diz um sociólogo, que a baixa escolaridade pode ser uma pista para
a eficácia da contenção. Quer dizer: quanto mais ilustrado, mais estúpido. Logo
vi que era isso que estava por trás da explicação do sociólogo.
IPSS, ONG
E OUTROS PRIMOS
Lembram-se
do fundamento apresentado para a sua proliferação e da defesa ideológica que
delas fizeram o Banco Mundial e outras instituições?
Fazem melhor e mais barato que o Estado. Sendo assim, por que não ser o Estado a financiá-las com os recursos que ele próprio gastaria para prestar esses serviços?
Embora esta é uma excrescência do neoliberalismo, faz parte do seu combate ideológico.
Os resultados, infelizmente, estão à vista.
Fazem melhor e mais barato que o Estado. Sendo assim, por que não ser o Estado a financiá-las com os recursos que ele próprio gastaria para prestar esses serviços?
Embora esta é uma excrescência do neoliberalismo, faz parte do seu combate ideológico.
Os resultados, infelizmente, estão à vista.
20/04/14
MARCELO
COM O DISCURSO DOS PATRÕES?
É o que parece. O discurso dos patrões é conhecido: foi ontem
distribuído um documento assinado por 150 subscritores que, no fundo, apela ao
regresso ao trabalho. Quaisquer que sejam as considerações laterais que dele
constam, a mensagem fundamental é esta: é preciso recomeçar a trabalhar. O
documento é, assim, um apelo e um instrumento de pressão.
Vamos por partes, para nos tentarmos explicar sem equívocos nem mal entendidos. A luta contra o COVID 19 é uma luta que está longe de ter terminado. O vírus não está vencido. O vírus, na melhor das hipóteses, está relativamente contido por força das medidas de confinamento social que foram adoptadas no quadro do estado de emergência. Ninguém até hoje ouviu um cientista ou um especialista em saúde pública e virologia afirmar que o vírus está actuando com intensidade diferente ou que não se continue a propagar como antes se as precauções que têm vindo a ser adoptadas não continuarem a ser respeitadas.
Portanto, a conclusão do Presidente da República quando afirma, que se Abril continuar até ao fim como tem estado até agora, vamos ter, a partir de Maio, de nos habituarmos a conviver com o vírus, é uma mensagem errada e perigosa. É uma mensagem que não defende a saúde dos portugueses, não defende o SNS e não defende, em última instância, a economia.
Os portugueses, como qualquer outro povo, só se podem habituar a conviver com o vírus quando houver medicamentos que o combatam e vacinas que o previnam. Fora disso, os portugueses vão ter de continuar a lutar contra o vírus com as armas que têm que, não sendo suficientes para o vencer, serão relativamente capazes de o conter.
Daqui resulta que a vida individual e colectiva, ou mais apropriadamente, a vida em sociedade enquanto aquelas duas condições não se verificarem vai ser diferente da que conhecemos até agora, quer nos nossos tempos de lazer, quer nos tempos de trabalho. Certamente que terá de se continuar a trabalhar - aliás há muita gente que nunca deixou de trabalhar – mas em condições diferentes das que existiam até há dois meses. Supor que é com o simples uso da máscara e de luvas que se pode, a partir de Maio, passar a fazer tudo que nestes dois últimos meses deixou de ser feito, será relançar a pandemia com efeitos mais devastadores do que os actuais por entretanto haver cada vez mais gente infectada e os imunizados – supondo que o são – ainda não serem em número suficiente para se pode sequer prever a imunidade de grupo.
Vamos por partes, para nos tentarmos explicar sem equívocos nem mal entendidos. A luta contra o COVID 19 é uma luta que está longe de ter terminado. O vírus não está vencido. O vírus, na melhor das hipóteses, está relativamente contido por força das medidas de confinamento social que foram adoptadas no quadro do estado de emergência. Ninguém até hoje ouviu um cientista ou um especialista em saúde pública e virologia afirmar que o vírus está actuando com intensidade diferente ou que não se continue a propagar como antes se as precauções que têm vindo a ser adoptadas não continuarem a ser respeitadas.
Portanto, a conclusão do Presidente da República quando afirma, que se Abril continuar até ao fim como tem estado até agora, vamos ter, a partir de Maio, de nos habituarmos a conviver com o vírus, é uma mensagem errada e perigosa. É uma mensagem que não defende a saúde dos portugueses, não defende o SNS e não defende, em última instância, a economia.
Os portugueses, como qualquer outro povo, só se podem habituar a conviver com o vírus quando houver medicamentos que o combatam e vacinas que o previnam. Fora disso, os portugueses vão ter de continuar a lutar contra o vírus com as armas que têm que, não sendo suficientes para o vencer, serão relativamente capazes de o conter.
Daqui resulta que a vida individual e colectiva, ou mais apropriadamente, a vida em sociedade enquanto aquelas duas condições não se verificarem vai ser diferente da que conhecemos até agora, quer nos nossos tempos de lazer, quer nos tempos de trabalho. Certamente que terá de se continuar a trabalhar - aliás há muita gente que nunca deixou de trabalhar – mas em condições diferentes das que existiam até há dois meses. Supor que é com o simples uso da máscara e de luvas que se pode, a partir de Maio, passar a fazer tudo que nestes dois últimos meses deixou de ser feito, será relançar a pandemia com efeitos mais devastadores do que os actuais por entretanto haver cada vez mais gente infectada e os imunizados – supondo que o são – ainda não serem em número suficiente para se pode sequer prever a imunidade de grupo.
Mais atentas, responsáveis e imparciais são as palavras do
Primeiro Ministro, cuja actuação ao longo da crise tem sido exemplar, quando
afirmou que o país vai ter que trabalhar a várias velocidades.
Não nos cabe a nós, nem a quem não é especialista das áreas abrangidas, definir e estabelecer os critérios que devem ser seguidos na retoma das múltiplas actividades que têm estado suspensas. Uma coisa é certa. Esses critérios e as regras com base neles estabelecidos têm de ser diferentes de sector para sector, têm de respeitar e proteger a saúde de quem trabalha e muito provavelmente haverá sectores que não podem tão cedo retomar a as suas actividades, ou se as retomarem, será em termos muito diferentes do que antes se fazia.
Assim, o país vai trabalhar sob a ameaça do vírus, competindo ao Governo estabelecer as regras que têm de ser respeitadas por quem trabalha. Mas não haja ilusões: as grandes multidões seja nos centros comerciais, seja nos festivais, seja no futebol, seja nas praias, seja onde calhar vão continuar a ser proibidas, como não pode deixar de ser. E as outras actividades vão ter de respeitar o distanciamento social, que o simples uso da máscara não alterará, sendo que algumas delas não vão poder subsistir por serem, pela sua própria natureza, incompatíveis com o distanciamento social.
Portanto, os patrões que se acalmem já que antes do fim do ano que vem não se vê que possam agir como dantes.
Não nos cabe a nós, nem a quem não é especialista das áreas abrangidas, definir e estabelecer os critérios que devem ser seguidos na retoma das múltiplas actividades que têm estado suspensas. Uma coisa é certa. Esses critérios e as regras com base neles estabelecidos têm de ser diferentes de sector para sector, têm de respeitar e proteger a saúde de quem trabalha e muito provavelmente haverá sectores que não podem tão cedo retomar a as suas actividades, ou se as retomarem, será em termos muito diferentes do que antes se fazia.
Assim, o país vai trabalhar sob a ameaça do vírus, competindo ao Governo estabelecer as regras que têm de ser respeitadas por quem trabalha. Mas não haja ilusões: as grandes multidões seja nos centros comerciais, seja nos festivais, seja no futebol, seja nas praias, seja onde calhar vão continuar a ser proibidas, como não pode deixar de ser. E as outras actividades vão ter de respeitar o distanciamento social, que o simples uso da máscara não alterará, sendo que algumas delas não vão poder subsistir por serem, pela sua própria natureza, incompatíveis com o distanciamento social.
Portanto, os patrões que se acalmem já que antes do fim do ano que vem não se vê que possam agir como dantes.
20/04/15
OMS
A suspensão ou corte da contribuição americana para a
Organização Mundial de Saúde pela administração Trump no auge da crise
pandémica e o assassínio do General iraniano são apenas emanações eloquentes do
que é a América hoje.
Um país violento nos seus métodos de acção, brutalmente deseducado na sua formação escolar, agressivo e destituído de compaixão na sua impreparação cívica, um país para o qual o Outro passou a ser uma irrelevância destituída de qualquer sentido valorativo, um país, em suma, eticamente ferido por uma distribuição de rendimentos que elimina a mais ténue noção de solidariedade e remete a cidadania para uma situação muito próxima do "estado de natureza".
Estes actos e a sua qualificação não são simples actos da administração Trump. São actos dos Estados Unidos da América.
Um país violento nos seus métodos de acção, brutalmente deseducado na sua formação escolar, agressivo e destituído de compaixão na sua impreparação cívica, um país para o qual o Outro passou a ser uma irrelevância destituída de qualquer sentido valorativo, um país, em suma, eticamente ferido por uma distribuição de rendimentos que elimina a mais ténue noção de solidariedade e remete a cidadania para uma situação muito próxima do "estado de natureza".
Estes actos e a sua qualificação não são simples actos da administração Trump. São actos dos Estados Unidos da América.
20/04/16
A CHINA E O VIRUS
Como já tinha previsto
aqui no FB, era expectável que os Estados Unidos, à medida que a situação se
agravasse, arranjassem um bode expiatório sobre o qual fizessem recair a
responsabilidade pelo que se estava a passar. E acrescentei que logo
apresentariam um conjunto de provas susceptíveis de lançar a confusão, as quais
devidamente replicadas pelas agências do costume tenderiam a criar a convicção
de que o mundo ocidental estava a ser vítima de uma conspiração.
Inicialmente, no começo da pandemia, também foi aventada a hipótese inversa, logo desmentida pelos laboratórios científicos que garantiram a origem não manipulada do vírus.
Esta segunda hipótese, teoricamente, era mais sustentável que a primeira por uma razão muito simples: a China como grande potência emergente, como grande abastecedor do mercado mundial nos mais variados produtos, teria tudo a perder se a sua capacidade produtiva fosse seriamente afectada durante vários meses. Só que esta tese para ter algum valor teria de contar com a existência de um antídoto que impedisse a sua propagação à população do Estado responsável pela sua disseminação. Ora, esse antídoto, como se viu, não existe.
A outra tese é do ponto de vista "bélico" absurda: então se a China é o grande mercado do mundo, se tem crescido, não só, mas fundamentalmente devido à sua capacidade exportadora, que interesse tinha ela em fragilizar os seus principais compradores, mergulhando - os numa crise económica de difícil solução?
Para obviar a esta dificuldade os autores desta tese recorreram à história do aprendiz de feiticeiro. A China criou algo que não conseguiu controlar e que por negligência se espalhou na sua própria comunidade acabando depois por atingir involuntariamente as demais.
Esta tese é teoricamente mais sustentável e visa, como é óbvio, desacreditar a China como potência mundial. Uma potência que não está à altura do seu poderio.
Acontece que a ciência terá aqui uma palavra muito importante. Não diremos decisiva, porque também no meio científico haverá certamente cientistas para tudo, como a história infelizmente comprova.
Inicialmente, no começo da pandemia, também foi aventada a hipótese inversa, logo desmentida pelos laboratórios científicos que garantiram a origem não manipulada do vírus.
Esta segunda hipótese, teoricamente, era mais sustentável que a primeira por uma razão muito simples: a China como grande potência emergente, como grande abastecedor do mercado mundial nos mais variados produtos, teria tudo a perder se a sua capacidade produtiva fosse seriamente afectada durante vários meses. Só que esta tese para ter algum valor teria de contar com a existência de um antídoto que impedisse a sua propagação à população do Estado responsável pela sua disseminação. Ora, esse antídoto, como se viu, não existe.
A outra tese é do ponto de vista "bélico" absurda: então se a China é o grande mercado do mundo, se tem crescido, não só, mas fundamentalmente devido à sua capacidade exportadora, que interesse tinha ela em fragilizar os seus principais compradores, mergulhando - os numa crise económica de difícil solução?
Para obviar a esta dificuldade os autores desta tese recorreram à história do aprendiz de feiticeiro. A China criou algo que não conseguiu controlar e que por negligência se espalhou na sua própria comunidade acabando depois por atingir involuntariamente as demais.
Esta tese é teoricamente mais sustentável e visa, como é óbvio, desacreditar a China como potência mundial. Uma potência que não está à altura do seu poderio.
Acontece que a ciência terá aqui uma palavra muito importante. Não diremos decisiva, porque também no meio científico haverá certamente cientistas para tudo, como a história infelizmente comprova.
20/04/17
A ECONOMIA
Algo me diz que a economia vai ganhar a surda luta que vem
travando contra a saúde pública desde que se viu desautorizada por não ter sido
seguida a recomendação do Conselho Superior de Saúde Pública expressamente
convocado para a defender em 11de Março passado.
Depois da decretação do estado de emergência e sua renovação por dois períodos sucessivos fica-se com a ideia de que tanto a Economia como a Liberdade ergueram em uníssono a sua voz e exigiram o recomeço das actividades suspensas e o fim da limitação dos direitos "naturais".
Como este recomeço tem um preço que ninguém pode afirmar que desconhece isso significa que as contas estão feitas e que o seu resultado até pode trazer vantagens colaterais que até agora tem sido negadas.
De facto, essas contas compreendem tanto o resultado directo do reinicio das actividades económicas suspensas como as vantagens indirectas de um menor encargo orçamental com as despesas de saúde, de subsídios de acompanhamento e, acima de tudo, de uma extraordinária poupança nas despesas da segurança social por uma quebra, que se espera exponencial, das reformas a pagar.
Uma população mais jovem, mais saudável, sem encargos colaterais nem que apenas traduzidos em simples perda de tempos livres (trabalho não remunerado), só pode trazer vantagens à economia: consome mais e gasta menos dinheiro ao Estado.
Afinal, a solução por que há anos aspiravam os devotos da economia, que deixaram a obra inacabada durante a sua colaboração com a Troika, estava ali ao alcance de um clique.
Depois da decretação do estado de emergência e sua renovação por dois períodos sucessivos fica-se com a ideia de que tanto a Economia como a Liberdade ergueram em uníssono a sua voz e exigiram o recomeço das actividades suspensas e o fim da limitação dos direitos "naturais".
Como este recomeço tem um preço que ninguém pode afirmar que desconhece isso significa que as contas estão feitas e que o seu resultado até pode trazer vantagens colaterais que até agora tem sido negadas.
De facto, essas contas compreendem tanto o resultado directo do reinicio das actividades económicas suspensas como as vantagens indirectas de um menor encargo orçamental com as despesas de saúde, de subsídios de acompanhamento e, acima de tudo, de uma extraordinária poupança nas despesas da segurança social por uma quebra, que se espera exponencial, das reformas a pagar.
Uma população mais jovem, mais saudável, sem encargos colaterais nem que apenas traduzidos em simples perda de tempos livres (trabalho não remunerado), só pode trazer vantagens à economia: consome mais e gasta menos dinheiro ao Estado.
Afinal, a solução por que há anos aspiravam os devotos da economia, que deixaram a obra inacabada durante a sua colaboração com a Troika, estava ali ao alcance de um clique.
20/04/18
PORTAS
Logo que tivemos conhecimento
da propagação do novo CORONA VIRUS na China e do modo como o governo chinês
desencadeou a luta contra a pandemia, principalmente na província de Hubei, não
tivemos grandes dúvidas em antecipar que a propagação do vírus no Ocidente iria
constituir uma verdadeira catástrofe não só pelas limitações de natureza
política que os regimes ocidentais não deixariam de demonstrar perante uma
situação desta natureza mas também pelas próprias fragilidades dos serviços de saúde postos perante um desafio nunca antes
enfrentado.
Ao focarmos este segundo aspecto da questão estávamos a pensar principalmente nos Estados Unidos, verdadeiramente desprovidos de um serviço nacional de saúde pública e um pouco no Reino Unido pelos sucessivos ataques de que tem sido vítima nestes últimos anos o NHS. Estávamos, todavia, longe de supor que a Itália, a França e a Espanha iriam exibir tantas e tão dramáticas fragilidades, apesar de em toda a Europa Ocidental e Norte América as limitações impostas pelas concepções políticas dos respectivos regimes políticos não deixassem antecipar nada de muito positivo. É exactamente para encobrir e disfarçar estas fragilidades que alguns destes países, com os Estados Unidos à cabeça, se lançaram numa luta desesperada de imputação de responsabilidades alheias, ou seja, da invenção de bodes expiatórios, que este artigo partilhado sobre o "malabarista" Paulo Portas, conhecido artista português, tão bem e ilustra.
Ao focarmos este segundo aspecto da questão estávamos a pensar principalmente nos Estados Unidos, verdadeiramente desprovidos de um serviço nacional de saúde pública e um pouco no Reino Unido pelos sucessivos ataques de que tem sido vítima nestes últimos anos o NHS. Estávamos, todavia, longe de supor que a Itália, a França e a Espanha iriam exibir tantas e tão dramáticas fragilidades, apesar de em toda a Europa Ocidental e Norte América as limitações impostas pelas concepções políticas dos respectivos regimes políticos não deixassem antecipar nada de muito positivo. É exactamente para encobrir e disfarçar estas fragilidades que alguns destes países, com os Estados Unidos à cabeça, se lançaram numa luta desesperada de imputação de responsabilidades alheias, ou seja, da invenção de bodes expiatórios, que este artigo partilhado sobre o "malabarista" Paulo Portas, conhecido artista português, tão bem e ilustra.
ESTADOS ANGLO-SAXÓNICOS
Os dois grandes Estados anglo-saxónicos - Estados
Unidos e Reino Unido - são os que têm tido mais dificuldade em lidar com a
pandemia.
Isto terá alguma coisa a ver com Adam Smith, John Locke e Stuart Mill?
Isto terá alguma coisa a ver com Adam Smith, John Locke e Stuart Mill?
20/04/18
TRUMP, O VIROLOGISTA
O Presidente dos EUA
acredita que o vírus foi "fabricado" no laboratório de Wuhan.
Anthony Fauci, o conselheiro da Casa Branca para os assuntos de saúde e grande especialista na matéria, acha que as provas "são totalmente consistentes com um salto de espécies, de animal para humano".
Na Europa, os órfãos da NATO veem nesta convicção de Trump uma excelente oportunidade para o trazer de volta à "Aliança Atlântica", e por isso já alinharam o seu discurso com o do Presidente americano.
Mas vão se enganar, porque Trump não lhes pediu nada. Aceitará o apoio, mas não lhes vai dar nada em troca.
Posta a questão nestes termos, a dúvida está em saber quem é desta vez vai fazer exibição das provas e onde. Por outras palavras, quem vai ser o Colin Power de Trump.
Daí para a frente a música é conhecida: Trump encontrará um "estalajadeiro" (e estou certo que Portas adoraria.., pena que não tenha credenciais) que o receberá juntamente com os "Blairs"e os "Aznars" da actualidade e nessa reunião limitar-se-á a comunicar-lhes o que vai fazer.
Anthony Fauci, o conselheiro da Casa Branca para os assuntos de saúde e grande especialista na matéria, acha que as provas "são totalmente consistentes com um salto de espécies, de animal para humano".
Na Europa, os órfãos da NATO veem nesta convicção de Trump uma excelente oportunidade para o trazer de volta à "Aliança Atlântica", e por isso já alinharam o seu discurso com o do Presidente americano.
Mas vão se enganar, porque Trump não lhes pediu nada. Aceitará o apoio, mas não lhes vai dar nada em troca.
Posta a questão nestes termos, a dúvida está em saber quem é desta vez vai fazer exibição das provas e onde. Por outras palavras, quem vai ser o Colin Power de Trump.
Daí para a frente a música é conhecida: Trump encontrará um "estalajadeiro" (e estou certo que Portas adoraria.., pena que não tenha credenciais) que o receberá juntamente com os "Blairs"e os "Aznars" da actualidade e nessa reunião limitar-se-á a comunicar-lhes o que vai fazer.
Depois, anos mais tarde,
confirmar-se-á o que hoje já se sabia. E a tradicional benevolência europeia
bem como a sua habitual subserviência tudo perdoarão.
20/04/19
TRUMP E A CHINA
"...
Mas agora o que lhes interessa é lançar uma gigantesca campanha de descrédito.
Trump não "aceita" o poderio económico da China. Politicamente, está se nas tintas que a China seja governada por um ou por dois partidos comunistas. Como também se está nas tintas para a influência política da China. O que o põe fora de si é que a China seja um gigantesco credor dos USA e que, além disso, faça investimentos pelo mundo fora ou empreste dinheiro para que sejam feitos.
Isto é que o tira do sério, por com a América se passar exactamente o oposto. Deve dinheiro em todo lado e os investimentos que faz no estrangeiro ou são para empresas americanas (Egipto, Ucrânia, etc,) ou são feitos com dinheiro dos bancos do país em que os investimentos se situam (a começar por os dele). É por isso que tem rabos de palha por todo o lado."
Trump não "aceita" o poderio económico da China. Politicamente, está se nas tintas que a China seja governada por um ou por dois partidos comunistas. Como também se está nas tintas para a influência política da China. O que o põe fora de si é que a China seja um gigantesco credor dos USA e que, além disso, faça investimentos pelo mundo fora ou empreste dinheiro para que sejam feitos.
Isto é que o tira do sério, por com a América se passar exactamente o oposto. Deve dinheiro em todo lado e os investimentos que faz no estrangeiro ou são para empresas americanas (Egipto, Ucrânia, etc,) ou são feitos com dinheiro dos bancos do país em que os investimentos se situam (a começar por os dele). É por isso que tem rabos de palha por todo o lado."
Caro Correia Pinto, dê, por favor, uma olhada nestas duas declarações, para constatar que não está sozinho.
ResponderEliminarEsta a 10 de abril:
Sobre as conclusões da reunião do Eurogrupo
e esta a 21 de abril:
Sobre a Reunião do Conselho Europeu e a defesa dos interesses do País
Sim. Textos muito esclarecedores e muito bem fundamentados. Creio que essa é a única via que defende o interesse português.
ResponderEliminarCuba: Pode dar a informação mais verdadeira que quiser, haverá sempre dúvidas porque não haverá ninguém para a verificar de forma independente. A confiança cria-se com transparência. A transparência cria-se com uma imprensa e uma comunidade científica e intelectual livres. O contrário disso chama-se uma ditadura de Partido Único.
ResponderEliminarTrump: Não vai fazer nada senão mandar umas 'bujardas'. Desde o Vietname que os EUA só se metem com Países indefesos. Depende da China por causa das dívidas e agora das máscaras e dos ventiladores. E a teoria de que o vírus foi feito em laboratório já foi desmentida: https://www.nature.com/articles/s41591-020-0820-9.
China: A liderança local em Wuhan reagiu de forma desastrosa ao silenciar os médicos críticos e não terá sido capaz de contabilizar adequadamente os mortos, o que terá tido graves consequências em Itália. Para aqueles que questionam (e bem) o modelo económico presente pela depredação ambiental, cabe notar que a existência de mercados vivos na China é a causa mais provável pela covid-19. É isto o grande modelo chinês a funcionar (ou não, vide o que se disse sobre Cuba).
EUA e RU: O problema não é a tradição liberal destes Estados. O problema é serem governados um por um bronco populista, outro por um populista bronco que resolveu seguir um conselho de um sábios sobre a imunidade de grupo e as estratégias de mitigação, até lhe terem explicado que rebentariam com o SNS. O mesmo homem cujo Governo recusou participar no esquema de compra de material de protecção individual da UE, porque Brexit é Brexit. São assim os nacionalistas (todos, basta esperar tempo suficiente, veja-se o Ortega).
E custa ver a Suécia a alinhar pelo mesmo diapasão... Depois dos Social-Democratas dinamarqueses terem adoptado a agenda anti-imigração do DVP, são agora os suecos a regressar às políticas eugénicas que existiram até aos anos 70...
RTP: Essa do cão que não respeita o dono não se compreende. Prefere porventura um cão que seja a voz do dono? Prefiro uma RTP a criticar o Estado, que uma televisão no bolso dos Governos (Soares Pai era useiro e vezeiro a interferir nos telejornais).
Soares Filho: Mau grado o marialvismo a roçar a boçalidade, aprecio a irritação que cria em certos sectores. Teve em particular a coragem de enfrentar o MPLA de Eduardo dos Santos, o tal da 'acumulação primitiva de capital' (mais um exemplo de degenerescência do nacionalismo progressista em neo-patrimonialismo e cleptocracia) numa altura em que este metia toda a classe política, do PCP ao CDS, num bolso. E isso deu gosto de ver...
Baixa escolaridade: Não duvido que quem tem baixo grau de literacia tenha dificuldade em seguir a informação dispensada pelas autoridades públicas. Mas isso é da responsabilidade das autoridades públicas. A ignorância não é um defeito, é uma condição e nada tem que ver com a inteligência, como o caro sociólogo mostra aliás...
UE e Alemanha: Parafraseando uma boutade atribuída a Churchill, fazem sempre o que está certo, depois de esgotadas todas as outras opções, vide a crise das dívidas soberanas. Vai levar tempo a limar detalhes, mas eles vão provavelmente entender-se e o resultado terá seguramente um certo sabor fudge.
Contrariamente a alguns delírios soberanistas, jamais capazes de apresentar um esboço de um plano para a saída do Euro, os do Sul precisam do Euro e da UE para terem estabilidade cambial e acesso ao Mercado Único, os do Norte precisam do Euro e da UE para terem uma moeda fraca, fazerem dumping fiscal à custa de toda a gente e terem acesso ao Mercado Único (o 'just-in-time' dá muito jeito e poupa imenso dinheiro).
França: Patrões querem descer salários e/ou aumentar tempo de trabalho? Pois claro, depois de tanto tempo e dinheiro perdidos, de que estão à espera? Que o Estado nacionalize as empresas todas que irão falir? Impeçam as grandes empresas de distribuir lucros durante uns anos e gizem um plano para distribuir os sacrifícios. Os capitalistas não são todos gente rica. São até gente que às vezes dá trabalho aos outros...
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