70 ANOS DEPOIS
Putin foi a Gdansk para que os americanos tenham a certeza de que a condenação do Pacto germano-soviético pela actual Rússia tem o seu apoio. Se em vez de Putin lá tivesse ido Medvedev, no Ocidente continuaria a dizer-se que a posição expressa pelo Presidente não era necessariamente a da Rússia, porque na Rússia o que conta é posição de Putin. Daí a visita Gdansk e daí também o artigo publicado no Gazeta Wyborcza de Varsóvia.
Se intimamente Putin condena o Pacto, é coisa que não sabemos, embora seja difícil admitir a defesa dessa tese por um nacionalista. Por um doutrinário sem concessões ideológicas certamente que sim. Mas por um nacionalista é mais que duvidoso.
Mas também esta questão não é hoje importante para um governante russo pragmático. Importante é que os americanos não instalem o escudo anti-míssil na Polónia e isso somente poderá ser conseguido se a Rússia criar um clima de confiança ao seu complicado vizinho ocidental. E como os polacos também já compreenderam que os americanos estão mais virados para um entendimento com os russos, de que precisam, no Afeganistão e no Irão, do que para escaramuças de duvidoso êxito, têm todo o interesse em tomar as palavras de Putin à letra e levá-las a sério.
Enfim, não há nada como a crua realidade para que tudo se componha, ajustando-se a ela.
Putin foi a Gdansk para que os americanos tenham a certeza de que a condenação do Pacto germano-soviético pela actual Rússia tem o seu apoio. Se em vez de Putin lá tivesse ido Medvedev, no Ocidente continuaria a dizer-se que a posição expressa pelo Presidente não era necessariamente a da Rússia, porque na Rússia o que conta é posição de Putin. Daí a visita Gdansk e daí também o artigo publicado no Gazeta Wyborcza de Varsóvia.
Se intimamente Putin condena o Pacto, é coisa que não sabemos, embora seja difícil admitir a defesa dessa tese por um nacionalista. Por um doutrinário sem concessões ideológicas certamente que sim. Mas por um nacionalista é mais que duvidoso.
Mas também esta questão não é hoje importante para um governante russo pragmático. Importante é que os americanos não instalem o escudo anti-míssil na Polónia e isso somente poderá ser conseguido se a Rússia criar um clima de confiança ao seu complicado vizinho ocidental. E como os polacos também já compreenderam que os americanos estão mais virados para um entendimento com os russos, de que precisam, no Afeganistão e no Irão, do que para escaramuças de duvidoso êxito, têm todo o interesse em tomar as palavras de Putin à letra e levá-las a sério.
Enfim, não há nada como a crua realidade para que tudo se componha, ajustando-se a ela.
1 comentário:
Salvé, Zé Manel, descobri hoje este interessante blog...
O meu é timtimnotibet.blogspot.com, mas é menos interessante...
Abraço
Luis Filipe Castro Mendes
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