A HISTERIA COM A SEGURANÇA AÉREA E COM O IÉMEN
As declarações de Hillary Clinton sobre o Iémen são cada vez mais parecidas com as da sua antecessora Condoleezza Rice. Entretanto, Obama, já caricaturado pelos seus adversários como simples Orador-em-chefe, paga o preço da sua indecisão e da incapacidade para pôr termo às guerras em que os Estados Unidos estão envolvidos. A situação já não vai melhorar nos três anos seguintes do seu mandato. Só pode piorar. Para responder aos falcões, muito mais do que para garantir a sempre falada segurança do povo americano, Obama, na ordem externa, vai se parecendo cada vez mais com eles e tenderá a actuar tal como eles actuariam. Nada que incomode muito a Sra Clinton e os sectores mais reaccionários do Partido Democrático.
E os Estados Unidos serão cada vez mais parecidos com o que na realidade são: uma potência imperialista. Mas também uma potência cada dia mais perigosa, à medida que diminui o seu potencial económico e aumenta o seu receio de perder o lugar de liderança outrora ocupado em todos os domínios.
A presente onda de histeria na segurança aérea e a fixação no Iémen, como novo alvo a abater, e amanhã certamente o Sahel, serão novos focos de tensão que desgastarão os Estados Unidos e os arrastarão gradualmente para uma posição insustentável.
Espantoso é como esta mesma histeria se está a propagar entre “aliados” em que ninguém repararia se estivessem "caladinhos", tão insignificante é o seu papel no complicado jogo de xadrez actualmente em curso na cena mundial…
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