segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A 28 PORTO-CAMINHA



UM CONSELHO A ANTÓNIO MENDONÇA

Acabei de ouvir o António Mendonça falar sobre a prevista introdução das portagens na A 28 entre o Porto e Caminha.
Ao que parece, António Mendonça terá sido confrontado com a questão na sequência de uma reunião com o Ministro de Fomento de Espanha, José Blanco, por ele considerado muito importante, contrariamente à questão das portagens na A 28, decididas pelo governo anterior, e, segundo ele, uma questão menor.
Não percebi bem para quem a questão é menor: se para o governo; se para os utentes. Se é menor para o governo, a questão pode ser facilmente resolvida revogando este governo a decisão do anterior; se é menor para os utentes, têm de ser eles a dizê-lo e não o Ministro dos Transportes o Obras Públicas.
O que verdadeiramente choca é a ausência de critério que está na base da decisão do governo, ou a sua completa insustentabilidade, quando comparada esta decisão com outras do mesmo género. De facto, ninguém no Minho poderá compreender que a Via do Infante não fique sujeita a portagens e a A28 fique. De facto, a propalada existência ou não de vias alternativas como critério de decisão constitui uma tese completamente inaceitável.
Nestas coisas, nada melhor do que tirar a prova dos nove: o Ministro que experimente fazer a estrada Porto-Caminha no seu carro e percorra na 125 a mesma distância, também no seu carro e no mesmo dia da semana. Logo verá a diferença entre ambas as situações.
Muito mais razoável do que a introdução de portagens, mais justo e muito mais barato seria o Estado taxar todos os veículos que circulam nas Scuts com uma quantia anual fixa, pagável mediante a aquisição de uma vinheta. Até poderia, para o efeito, dividir equitativamente o país em várias zonas, de modo a que os utentes que apenas circulam numa zona não ficassem obrigados ao pagamento de circulação noutras zonas. Para estrangeiros e viajantes ocasionais, estabelecer-se-ia, como se faz em vários países da Europa, pagamentos de um dia, três dias, uma semana e um mês.
Assim, todas ficavam nas mesmas condições e todos os que circulam nessas estradas dariam o seu contributo para a amortização de mais um negócio ruinoso feito pelo Estado português.

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