terça-feira, 24 de novembro de 2009

A CONVERSA DE CONSTÂNCIO




OS SACRIFÍCIOS IMPOSTOS PELA SUA INCOMPETÊNCIA

É difícil encontrar na cena política de qualquer país alguém tão duradoiramente insensível e arrogante como Vítor Constâncio. Ainda nem sequer poisou a poeira provocada pelo colapso do BPN, causada pela manifesta incompetência com que desempenhou as suas funções de órgão fiscalizador, e já Constâncio está a pedir aumento de impostos e a contracção do salário dos funcionários públicos, esquecendo de uma penada a série de anos a fio de perda de poder de compra por diminuição do salário real.
Constâncio nem sequer tem o pudor de se recordar que uma parte não negligenciável dos sacrifícios que vão ser exigidos aos contribuintes portugueses se destina ao pagamento dos prejuízos que a sua negligente fiscalização não evitou.
A descontracção com que fala para anunciar as piores consequências das suas previsões e a aparente auto-confiança com que o faz surgem aos olhos de quem o ouve como se a situação que ele descreve e as consequências que lhe estão associadas fossem da responsabilidade daqueles que vão ser penalizados pelas medidas por si pré-anunciadas. E parece nem passar-lhe pela cabeça a responsabilidade que ele próprio tem em tudo isto, não apenas a decorrente do cumprimento defeituoso das suas funções, mas principalmente a resultante da permanente inoperância das medidas preconizadas.
Ou talvez seja ingenuidade minha: quer lá Constâncio saber como vive a generalidade dos portugueses, desde que ele continue a cobrar um vencimento várias centenas de vezes superior ao daqueles que ele mais fustiga e a sua conversa continue a ser altamente lucrativa para os banqueiros e outros detentores do capital.

2 comentários:

Nuno Pereira disse...

Constâncio sempre sacudiu a água do capote!
Agora que fez uma limpeza a seco volta à carga e exige sacrifícios em nome da retoma nacional!
Homem destes anda o mundo cheio!

Anónimo disse...

Constâncio é "insensível e arrogante" sempre para os mesmos. Para os poderosos é um molusco, sem resqícios de coluna vertebral.