sexta-feira, 2 de julho de 2010

AS RESERVAS DE CAVACO




VERDADEIRAMENTE NÃO É UM SIM, ANTES UMA DECLARAÇÃO COM MUITOS MAS

Finalmente, Cavaco pronunciou-se sobre a decisão do Governo, sem a apoiar. O seu ponto de vista é, mais uma vez, de quem está de fora. “O Governo tem todo o direito de defender o interesse nacional, desde que”…Direito? E nós que pensávamos que era um dever. E para quê a invocação do quadro legal?
O Governo tem que defender o interesse nacional. Ponto! Não é preciso acrescentar mais nada. Obviamente, Cavaco pôs-se de fora. Certamente que não é matéria da sua específica competência, mas então vai ter de se calar daqui para a frente relativamente a muitos assuntos sobre que costuma opinar. Verdadeiramente, só lhe faltou dizer: Tenho dúvidas, por isso vou remeter o assunto ao Tribunal Constitucional (o que teria feito, se pudesse).

4 comentários:

Ana Paula Fitas disse...

Seguramente, perguntaria!...
Abraço.

Anónimo disse...

A valentia do Sócrates tem um objectivo principal: manter pastagem viçosa e abundante, no que está amparado por todo os arco "governativo" ainda que não pareça Depois, veio mesmo a calhar a derrota no chuto para o engº tentar dar um ar de vingança sobre os castelhanos o que pelos vistos,ainda rende. Se a coisa tivesse alguma importância para quem comanda levava um aperto que ficava mais amarelo que em Maio (olhó fundo de estabilização ou lá que é!). Os defensores das nacionalizaçoes aproveitam o ensejo, normal. Mas, para que diz temer tanto o desenterrar dos nacionalismos...

JMCPinto disse...

Não, Meu Caro Anónimo, não se trata de nada disso que está dizendo. Trata-se de regular o capitalismo. Muitos falam em regular o capitalismo, mas quando vamos a factos discordam.
Aliás, Portugal deve ser o único mais do mundo em que um número impressionante de pessoas aparece a defender os interesses estrangeiros.Tantos são que o El País até se dá ao luxo de titular o artigo de hoje com esse tema. Assim como também não adianta recordar que todas as leis quadro de privatização da Europa Ocidental consagravam os direitos especiais do Estado.
É caso para, à Scolari, o Governo dizer: "E o burro sou eu?"

Anónimo disse...

Gostei especialmente dessa dos "descamisados". Em todo o caso alguns deles são empregados bem pagos dos prejudicados no negócio ou de gente de sua igualha.
Faz-me lembrar histórias contados pelo Francisco Miguel dos servos dos latifundários da sua terra. Discutiam assanhadamente, com amor à camisola, qual tinha um Senhor mais rico ou mesmo mais teso, mais Homem, a tratar os escravos como eles.
O panorama de reacções suscita-me algo entre o nojo e a comiseração.
Bom trabalho aqui pelo Politeia.
Raimundo Narciso