sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

CADILHE AJUSTA CONTAS


AS LIÇÕES DE UMA AUDIÇÃO

Toda a gente compreendeu que Constâncio implorou clemência a Cadilhe, quando foi ouvido no Parlamento. Cadilhe não o ouviu. Exige a sua rendição por “traição”.
Esta é a primeira lição da audição de Cadilhe na Comissão parlamentar de inquérito (CPI). Cadilhe não aceita que, quando estava para tomar posse do lugar de presidente do CA, Constâncio o não tivesse avisado do que poderia acontecer ao banco, ou que Constâncio não tivesse ficado do seu lado, contra o Governo, quando este resolveu intervir contra o seu plano. Por isso, municiou amplamente a oposição com tudo o que possa servir para fazer “fogo” contra Constâncio.
Segunda lição: Cadilhe acha que “meter” dinheiro num banco para o salvar da falência é algo que pode ser remunerado com juros, eventuais dividendos e possíveis prémios de resgate. Nem lhe passa pela ideia que quem põe dinheiro quer mandar.
Terceira lição: a nacionalização é política por ser contra o plano de Cadilhe ou é política porque o Governo, depois de desencadeados os mecanismos de combate à fraude, aos negócios ruinosos e ao crime, quer controlar, de perto e por dentro, todo o processo? Provavelmente, as duas coisas.
Quarta lição: tudo visto e ponderado, a intervenção no BPN, seja na modalidade em vigor, fosse na modalidade Cadilhe, seria sempre um mau negócio para o Estado português.

1 comentário:

Raimundo Narciso disse...

Circula pela net uma notícia que diz da remuneração que Cadilhe estipulou para si e das prebendas com que adornou a sua magestática figura.
Tenho dúvidas da veracidade da coisa. Mas de tão convencida personagem...
Que chamou a si um vencimento de 1 milhão de euros por ano, à Jardim Gonçalves a que juntou outras prebendas...o melhor é reproduzir o texto que por aí anda:

"... não teve qualquer preocupação com os trabalhadores, com os accionistas, com o que quer que seja mas e apenas…. só com ele, antes durante e depois da ecatombe!

Desalojou o Private, da moradia onde este serviço estava, no Porto (na Foz), para ele ir para lá… porque as instalações das nteriores
administrações eram pouco dignas para ele.

Os colegas de conselho (7 colegas de Conselho) recebem SETECENTOS E
CINQUENTA MIL EUROS ( 750.000,00 € ) ano/Cada;

Exigiu 2 carros: um BMW 735 e um Mercedez-Benz classe S;

Recebe um salário à BCP ou seja UM MILHÃO DE EUROS (€ 1.000.000,00) por ano;

Para compensar a perda de reforma do BCP, exigiu uma contra-partida do BPN o que até se compreendia!

Mas, não aceitou aderir ao fundo de pensões do banco (neste caso a
recapitalização do fundo teria que ser na ordem dos NOVE MILHÕES DE
EUROS ( 9.000.000,00 € ) mas, ao contrário, tenha exigido um PPR/Renda vitalícia. que custará 12 milhões de euros ao BPN.
e exigiu... que este PPR /renda vitalícia, fosse constituído fora do Grupo SLN/BPN. Como seria possível o banco sobreviver a administradores desta "qualidade"?
E agora o contribuinte que pague, não é?"