segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

FREEPORT: MÁRIO CRESPO TAMBÉM DÁ "BARRACA"



A IGNORÂNCIA DOS JORNALISTAS PORTUGUESES


Como referi no primeiro post que escrevi sobre o caso Freeport, qualquer jornalista sério deveria ter tentado compreender a relação existente entre o DL que alterou a Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo e o acto administrativo que viabilizou o empreendimento.
Escrevi eu então: “Diz-se também que o Conselho de Ministros que viabilizou o empreendimento foi o mesmo que alterou uma lei que permitia essa viabilização. Acho que uma investigação jornalística a sério deveria começar por identificar sem equívocos o diploma legal que alterou a lei que permitiu a viabilização do empreendimento e explicar subsequentemente como pode estar correctamente instruído um processo que, na altura em que tramitou, ainda se regulava por outra lei”.
È lamentável que um jornalista com a experiência de Mário Crespo, mesmo depois de ter ouvido a explicação que qualquer jornalista deveria ter presente, não tenha compreendido que não existe qualquer relação entre aquela alteração e o despacho de viabilização. Num país a sério, os jornalistas que tivessem “embarcado” neste equívoco ficariam para sempre marcados. Mais lamentável ainda é que Marcelo Rebelo de Sousa, professor de direito administrativo, tenha na sua intervenção dominical alimentado este equívoco, quando deixou subentendido que havia uma relação entre os dois factos.
Crespo, sentindo-se perdido, andou ainda muito mal, quando tentou fazer ligações entre tios e primos, e outras tricas, sendo certo que as ditas conversas estão mais que esclarecidas e toda a gente já percebeu que foram interpretadas de má fé.
Fica-se com a ideia de que uma certa imprensa cujos patrões estão a um passo da falência quer em S. Bento alguém que lhes resolva o problema. E isso é que o povo português não pode aceitar, nem deixar-se cair no logro que ardilosamente lhe então a montar.

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