domingo, 10 de janeiro de 2016

PEDRO SANCHEZ PRESSIONADO




O PSOE ENTALADO

Más notícias para Portugal. A renúncia de Mas, que a CUP (Candidatura de Unidade Popular) se recusava a votar como presidente da Generalitat, a favor de Carles Puigdemont, igualmente militante da CDC (Convergência Democrática da Catalunha) e actual alcaide de Girona, praticamente liquida a pretensão de Pedro Sanchez de formação de um governo à esquerda.

Quando Sanchez decidiu visitar António Costa, simbolizando, em Espanha, com essa visita, a simpatia por uma “solução à portuguesa” , ainda se supunha que a palavra de Mas era “irrenunciável”. Tal como noutras paragens, a palavra da direita na Catalunha também vale pouco.

Resolvido o problema que Mas representava, afastada a realização de eleições na Catalunha e retomado, sem interrupções, o processo independentista, Rajoy fica com margem de manobra suficiente para pressionar, com êxito, o PSOE para colaborar na investidura de um governo de “toda a Espanha”.

Como se previa, o PSOE está metido num beco sem saída. Se Sanchez persistir numa solução à portuguesa acabará a breve trecho por ser expulso da presidência pelos “barões” do seu partido; se se abstiver na votação de investidura de Rajoy ficará politicamente desacreditado.

A única hipótese que ainda se pode pôr de uma saída a médio prazo relativamente satisfatória para o PSOE só poderá existir se Rajoy vier a actuar na Catalunha com a tradicional brutalidade espanhola. Embora uma facção muito significativa do PP (Partido Popular) advogue a linha dura, não é de crer que Rajoy e a sua tradicional manha galega alinhem por um caminho sem retorno. Rajoy é bem capaz de ter a arte suficiente para saber jogar eficazmente com as desinteligências existentes entre os catalães.

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