terça-feira, 5 de janeiro de 2016

PRESIDENCIAIS






QUEM É QUEM

Não tenho acompanhado a campanha, nem sequer pelos jornais. Tinha necessidade de um descanso...Mas ontem, já de madrugada, vi de enfiada três debates.

Conclusões:

Vai ser difícil (no puro plano argumentativo) travar Paulo Morais. As propostas que ele apresenta são irrecusáveis. Populismo? Se as propostas são boas e de difícil execução política, talvez a acusação de populismo seja a melhor forma de as descartar.

Edgar. Edgar não seduz. Não está necessariamente em causa o que afirma (às vezes está...), mas há algo que me diz que será este o pior resultado do PCP em presidenciais, se o candidato for até ao fim.

Mariza vai ficar muito aquém de Catarina. Não creio que seja bom para o Bloco ir até ao fim. Falta a Mariza o “instinto matador” que um político a sério não pode dispensar. Ontem isso foi visível no debate com Maria de Belém. Simpatizar com o oponente, nem que seja apenas por cortesia, é meio caminho andado para a derrota.

Maria de Belém, sem chama para vencer. Maria de Belém vê o país como uma mega IPSS. Não digo que cheire a falsidade o que nos diz. O que digo é que tudo parece colado com cola pouco consistente.

Henrique Neto, autodidacta e self made man, com todas as consequências que ambas encerram. Nada de novo relativamente ao que dele se conhecia, ou seja, uma fortíssima convicção na justeza das suas ideias, como é típico do autodidacta. Nesse aspecto é parecido com Cavaco. Se Cavaco faz da ignorância uma vantagem, Neto faz do autodidactismo uma certeza. Valeu até ontem a valente tareia que deu em Marcelo.

Marcelo muito igual ao Marcelo que conhecemos das homilias dominicais, da “Gente” do Expresso e dos artigos de análise política neste e noutros semanários, agora porventura com mais “concórdia”, “pontes”, “desdramatização”, “consensos”, etc, etc… Como se viu na eleição à Câmara de Lisboa contra Sampaio e ontem no debate com Henrique Neto, tem muita dificuldade em defender-se quando atacado a sério (com fundamentos indiscutíveis) e sem contemplações. Quem for debater com ele com outra atitude sairá sempre derrotado.

Dos demais candidatos apenas vi de relance algumas intervenções do Tino de Rans e do Cerqueira cuja apreciação deixo para Marcelo Rebelo de Sousa.

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