quinta-feira, 5 de abril de 2012

ISRAEL AMEAÇA A PAZ MUNDIAL



GUNTER GRASS DISSE O ÓBVIO E TODAVIA…



Num poema ontem publicado nos grandes jornais internacionais, intitulado “O que há que dizer”, Gunter Grass diz realmente o óbvio: que Israel ameaça a paz mundial; que Israel tem um arsenal nuclear que ninguém controla e de que ninguém fala; que há uma coacção generalizada que impede a crítica a Israel; que os que se atrevem a criticá-lo são imediatamente acusados de anti-semitismo; que a entrega pela Alemanha de um submarino especializado no lançamento de ogivas nucleares a torna cúmplice de um crime previsível de que não poderá depois desculpar-se; que o Ocidente é hipócrita; e que se querem fiscalizar o Irão, fiscalizem também Israel; enfim, que somente assim ajudando por igual todos os povos daquela região do mundo, que hoje vivem odiando-se, nos poderemos ajudar a nós.

Gunter Grass não diz verdadeiramente nada de novo. Novidade apenas na forma – a poesia – que escolheu para num corajoso manifesto denunciar a perigosa loucura que Israel se prepara para fazer. E todavia levantou um coro de críticas no seu próprio país. A Alemanha, como diz El País, que organizou o extermínio sistemático de seis milhões de judeus europeus durante a II Guerra Mundial, conserva oficialmente um interesse único em manter relações estreitas e amistosas com o Estado de Israel. E portanto não aceita críticas a Israel, menos ainda de Gunter Grass que escondeu durante muitas décadas ter-se alistado em 1945 nas SS.

É o chamado argumento ad terrorem como são muitas vezes os argumentos ad hominem. O óbvio é algo que o Ocidente tem extrema dificuldade em aceitar. Uma espessa capa de hipocrisia cobre normalmente a maior parte das suas acções. E a posição da Alemanha só demonstra que, se relativamente à Europa Ocidental ela já expiou os seus pecados, como se vê pelo tratamento que lhe tem dado durante a crise do euro, relativamente aos judeus ainda não os expiou completamente...

2 comentários:

pvnam disse...

-> Como é óbvio, a Nação mais antiga da História - os Judeus - não abdica duma Pátria sua.



ANEXO 1:
-> As famílias não são independentes/autónomas... todavia, devem as famílias abdicar da sua Identidade?... Resposta: Nâo!
-> As Nações não são independentes/autónomas... todavia, devem as Nações abdicar da sua Identidade?... Resposta: Não!
--->>> Apesar de os portugueses não serem a nação mais antiga da História... será que os portugueses devem abdicar da existência duma Pátria sua?
RESPOSTA: NÃO!!!
-> Ora, existindo não-nativos JÁ NATURALIZADOS com uma demografia imparável em relação aos nativos... como seria de esperar, abunda por aí muita conversa para 'parvinhos-à-Sérvia'.
Resumindo e concluindo: Não vamos ser uns 'parvinhos-à-Sérvia'....... antes que seja tarde demais, há que mobilizar aquela minoria de europeus que possui disponibilidade emocional para se envolver num projecto de luta pela sobrevivência... e SEPARATISMO!...


ANEXO 2:
-> Uma NAÇÃO é uma comunidade de indivíduos de uma mesma matriz racial que partilham laços de sangue, com um património etno-cultural comum.
-> Uma PÁTRIA é a realização e autodeterminação de uma Nação num determinado espaço.



P.S.
-> Ao contrário dos Judeus que fizeram uma TRANSIÇÃO BRUSCA... eu penso que a transição para o separatismo-50-50 deveria ser uma TRANSIÇÃO GRADUAL (de algumas décadas).

Anónimo disse...

Sem querer entrar no assunto de quem 'e perigo para quem, nesta questao, como em quase todas, ha muito ''partis pris" e muito preconceito, tamb'em ja li de autores conceituados , nada direitistas, pelo contrario, que a actual esquerda europeia ou que como tal se designa esta inequivocamente tocada por uma nova variedade de anti-semitismo de que na verdade nunca esteve livre por paradoxal que pareca!
Peco desculpa pela falta de caracteres..