domingo, 21 de agosto de 2011

NOTAS SOLTAS II



SOBRE O TEMPO QUE PASSA


 O líder do PSD-Madeira está confiante num acordo com o Governo para solucionar a "questão financeira"

Jardim faliu a Madeira – Já não há qualquer espécie de dúvida: Jardim faliu a Madeira.  Todavia, o grande responsável madeirense diz que não: que é apenas falta de liquidez. As explicações de Jardim são cada vez mais parecidas com as que em fins dos anos setenta um alto funcionário da Guiné-Bissau explicava a grave crise por que passava o seu país. Dizia ele: o nosso problema é de divisa, não de peso (a moeda da GB) que até está muito valorizado.

Jardim está na mesma: tem lá o Ramos para vender, mais o Palácio de S. Lourenço…o que não tem é euro…

Aguarda-se com expectativa como irão o Governo, Cavaco e C.ª abordar este assunto. Mas não será difícil adivinhar…

Relvas na Colômbia – O repelente Relvas já está na Colômbia para ser entrevistado por um tipo que, tal como a de Madrid, é correspondente da RTP no Brasil há mais de dez anos. Numa viagem com finalidades demagógicas foi a Bogotá para falar nas vitórias desportivas de Portugal – as vitórias do regime de Passos Coelho. Já não há vergonha!

Pulido Valente e as intrigas – Embora Pulido Valente intelectualmente falando tenha a credibilidade de quem diz hoje uma coisa e amanhã outra, ou de quem desanca na véspera o político que vai elogiar no dia seguinte, não deixa de ser curioso o modo como no Público de hoje faz a defesa da coligação governamental contra o que ele chama a intriga. Curioso porque se pôs ao nível dos escribas de serviço que reproduzem a voz do dono em jeito de tarefa.

José Policarpo – O cardeal patriarca de Lisboa prestou declarações no mínimo estranhas. Disse que em tempo de crise generalizada se não compreendem as reivindicações. Explicitando: Policarpo criticou os sindicatos e poupou aqueles que se aproveitam da crise para explorar o trabalho assalariado como há muito se não via. E poupou também aqueles que aumentam escandalosamente os seus lucros em tempo de crise e, além do mais, não contribuem com um cêntimo extra para o aumento das receitas do Estado. Numa palavra, Policarpo está em linha com a Igreja reaccionária de Ratzinger. De facto, muito mais importante do que discutir se os padres podem ou não casar, é contribuir para uma sociedade justa, na qual haja uma distribuição equitativa dos rendimentos e não pôr-se ao lado daqueles que tudo fazem para tornar o trabalho um factor privilegiado de exploração.  

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