segunda-feira, 29 de agosto de 2011

NOTAS BREVES



SOBRE O TEMPO QUE PASSA

Líbia – Um dia destes será inevitável falar desenvolvidamente da Líbia. Entretanto, a NATO – a organização belicista de um “Império” em crise – continua a defender os direitos humanos em Tripoli, principalmente em Abu Salim. O pior, porém, está para vir. Foi aqui dito em tempo oportuno que o objectivo da agressão à Líbia era obstaculizar a democracia e o seu progresso entre os árabes. O imperialismo apenas aceita a “democracia” que ele próprio controla e domina…

Madeira – Começa a ficar cada vez mais claro a dimensão – a colossal dimensão – da dívida da Madeira. Marcelo Rebelo de Sousa já desculpou Jardim e pediu uma solução. Como consultor habitual do Governo da Madeira que outra coisa haveria de dizer? O Governo central faz de conta que o problema não tem qualquer especificidade política e prepara-se, sem recriminações, nem comentários de qualquer espécie, para ir buscar o dinheiro ao sítio do costume. Cavaco, com o seu conhecido sectarismo, guardará igualmente silêncio. O que não admira, pois nunca desde o 25 de Abril Portugal tinha tido um Presidente da República tão ostensivamente chefe de partido como Cavaco!

Os ricos – Tudo se encaminha no sentido de uma grande manobra demagógica a propósito da “taxação” extraordinária dos ricos. No actual contexto, de completa hegemonia do capital, principalmente do financeiro, qualquer medida tomada naquele sentido será necessariamente um ludíbrio. Parece não haver grandes dúvidas de que a esquerda se irá opor a essa demagogia. Vejamos como reagirá o PS, embora pelos indícios que se conhecem se preveja o pior.

O que está a dar – Não há dúvida: neste país vale tudo. E quem tiver menos vergonha é quem mais lucra. O governo, o tal governo que quer “emagrecer” o Estado na saúde, na educação, na segurança social, ou seja, o tal Governo que quer diminuir os rendimentos directos e indirectos de quem trabalha por pouco dinheiro, inventou uma estrutura burocrática à margem da burocracia tradicional do Estado para acompanhar – imagine-se! – a execução do memorandum assinado com a troika. E vai dai, começa o Moedas – a tal “estrela emergente” desta direita – a recrutar rapaziada (politicamente) amiga com salários entre os 3 600 euros e os 5 800! É só consultar o DR da última sexta-feira. É fartar vilanagem!

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