ONDE ESTÁ A DIFERENÇA?
Este é um post no estilo facebook. Sem demonstrações nem teorizações. Apenas afirmações. E, como sempre, sem nenhuma preocupação de ser politicamente correcto.
Uma grande diferença separa a combatividade dos trabalhadores espanhóis dos portugueses. Há a história de ambos os países, a idiossincrasia dos diversos povos peninsulares, enfim, muita coisa. O mais importante, porém, é a diferença que historicamente separa o PSOE do PS. Historicamente, um abismo.
Comparar Pablo Iglesias a Mário Soares (com quem haveria de ser comparado?) é algo que não se pode fazer. Para comparar é preciso que haja alguma semelhança por pequena que seja. E a partir daí comparar a UGT de cá, a sua génese, a sua história, bem adiante, com a UGT espanhola ainda é muito mais difícil. Aqui é que não há mesmo nenhum ponto de contacto.
Portanto, não admira que nós tenhamos um Proença e eles um Cándido Mendez, e antes deste um Nicolás Redondo que até pôs a cabeça em água a Felipe Gonzalez.
Em conclusão, o que nasce torto nunca se endireita.
O PS nunca foi um partido social-democrata. Veio directamente do republicanismo pequeno-burguês e por aí se foi ficando sem rumo confiável em matérias de natureza laboral, sempre predisposto a cedências em troco de nada, limitando a sua participação na luta à defesa de alguns princípios de democracia representativa que pouco tem a ver com essência da luta dos trabalhadores.
O PSOE, fundado em 1879, veio do marxismo e evoluiu, primeiro, para a social-democracia e agora para aquilo que hoje é, mas o código genético está lá, como nos momentos críticos se vê.
Como pode a combatividade dos trabalhadores portugueses equipar-se à dos trabalhadores espanhóis se a CGTP está sozinha neste combate?
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