quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A CRISE FINANCEIRA E A CAMPANHA ELEITORAL


QUE ESPERAR DOS CANDIDATOS?

Agora que o debate eleitoral passou de novo a abordar temas sérios, tal a gravidade da situação gerada pelas sucessivas falências de alguns potentados da alta finança americana, o bâton dos lábios foi relegado para o papel que realmente tem. Sarah Palin saiu de cena e ficou com muito mais tempo para tratar das suas crianças.
O mais grave é que os candidatos não adiantaram nada de realmente muito novo em relação ao futuro. John McCain até chegou a dizer que os fundamentos da economia são sólidos, embora no dia seguinte tenha feito uma correcção, sem contudo deixar de advogar pouca intervenção do Estado. Obama critica Bush pela situação a que se chegou, mas não adianta nada de realmente novo para alterar a situação.
Ambos os candidatos estão ligados a Wall Street. A campanha de Obama recolheu de lá cerca de 10 milhões de dólares. Por outro lado, um dos seus grandes conselheiros na área é um ex-conselheiro delegado da Fannie Mae e entre os seus colaboradores está o ex-Secretário de Estado do Tesouro, Robert Rubin, agora assessor do Citigroup. Além destes, aconselha-se ainda, em matéria financeira, com Lawrence Summers, também ex-Secretário de Estado do Tesouro e Paul Volcker, ex-presidente da Reserva Federal, muito elogiado por Allan Greenspan. Enfim, tudo gente muito ligada a Wall Street e grandes defensores da economia neoliberal.
Talvez por tudo isto se compreenda por que razão uma tão significativa percentagem de americanos se abstém de tomar parte no acto eleitoral…

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