segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O INIMIGO E A AMEAÇA


QUE DIFERENÇA?

Luís Amado, interrogado hoje em Bruxelas, antes da reunião que decidiu sobre os observadores a enviar para a Geórgia, para inspeccionar as zonas adjacentes da Ossétia do Sul e da Abekázia, manifestou-se contra o tratamento da Rússia como inimigo. E estabeleceu a diferença entre inimigo e ameaça, criticando abertamente a NATO e os países da UE que confundem os dois conceitos. Igualmente se manifestou contra a criação de um novo clima de guerra-fria nas relações este-oeste.
Em primeiro lugar, é de louvar não considerar a Rússia como inimigo, como de aplaudir é a recusa de um novo clima de guerra fria.
Agora, o que não se percebe muito bem é onde está a ameaça. De facto, quem levou a cabo uma política agressiva, de cerco à Rússia, foi a NATO e os Estados Unidos, com a activa colaboração de alguns países do leste e a cumplicidade dos demais Estados da União. Como muito bem diz Santiago Carrillo, no El País de hoje, “Desde que o mundo existe, quando um exército estrangeiro cerca uma cidade é para a obrigar a capitular e a render-se ou para a atacar e a destruir”.

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