sábado, 22 de novembro de 2008

HILLARY CLINTON, SECRETÁRIA DE ESTADO



AFINAL, ONDE ESTÁ A MUDANÇA?

Os apoiantes de Obama desde a primeira hora e aqueles que acreditaram que a sua presidência poderia trazer um novo rumo à política externa dos Estados Unidos, só podem, depois de tida como praticamente certa a nomeação de Hillary Clinton, como Secretária de Estado, manifestar a sua mais profunda decepção.
Nada se assemelha menos a mudança do que o nome de Hillary Clinton e nada representa mais Washington (o tal Washington de que Obama dizia querer afastar-se) do que a Senadora de Nova York.
As divergências entre Obama e Hillary em política externa, manifestadas durante as primárias tanto em comícios como em debates, foram em alguns casos até mais profundas do que as registadas mais tarde com o candidato republicano. O que torna ainda mais difícil de aceitar esta nomeação.
De H. Clinton não há que esperar mudanças significativas, salvo de estilo, o que pode certamente ser suficiente para os servis políticos europeus, que se davam mal com o unilateralismo de Bush e com algum radicalismo das suas posições, exibido de forma pouco diplomática, mas que certamente se darão bem com uma política essencialmente idêntica, formulada em termos diferentes, mas conduzida com a habilidade suficiente para os fazer crer associados à sua génese. Todavia, para o povo que aplaudiu Obama em Berlim e que nos quatro cantos do mundo acreditou numa política americana mais próxima das aspirações da paz e do desenvolvimento a nomeação de H. Clinton representa uma grande frustração.

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