quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"NÃO ÉS HOMEM, NEM ÉS NADA"


A APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO

A cidade em romaria foi beijar a sua mão, o prefeito de joelhos, o bispo de olhos vermelhos, o banqueiro com um milhão

Meio mundo se deslocou nestes últimos dias à sede do PSD, pessoalmente (também Pina Moura, em substituição do bispo...mas como muito mais para dar ou prometer...) ou através de mensagens escritas, televisionadas, radiofónicas, rogando ao “imaturo” presidente do PSD que aprove o Orçamento. Tanto empenho dá que pensar.
Menos que pensar dá a diligência feita pelos banqueiros, já que com a banca as coisas são sempre muito claras: apoia o que lhe convém, combate o que o que não lhe interessa.
Que os banqueiros aprovavam o Orçamento já se sabia há muito, mas o que eles tiveram necessidade de dizer ao novel presidente do PSD foi que, se ele deixasse passar o Orçamento, eles, banqueiros (não apenas Salgado, mas também os demais), permitiriam que ele (Passos Coelho) doravante também os apoiasse. E compreende-se o que isto significa em gratidão retributiva…
Dito de outro modo, para que se compreenda melhor, apesar de Angelo Correia já ter "traduzido" o que se passou a Passos Coelho: o que os banqueiros foram fazer à São Caetano à Lapa foi passar a certidão de óbito ao Engenheiro Sócrates e abrir caminho para um futuro governo do PSD.
Acontece que o “imaturo” presidente do PSD, apesar de não ter feito os seus estudos na hora certa e apesar de provavelmente não ter grande intimidade intelectual com Mark Twain, também é capaz de pensar, como homem do interior que é, manhoso e desconfiado, que as notícias acerca da morte futura do Eng. Sócrates são desmedidamente exageradas…Por isso prefere matá-lo já!
Se o não fizer…depois de tudo o que já disse e fez: ”Não é homem, nem é nada”, Granadeiro dixit, citando terceiros.

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