TEXTO PUBLICADO NO FB EM DEZEMBRO
quarta-feira, 15 de setembro de 2021
A RTP E AS CONSEQUÊNCIAS DA PANDEMIA
A VACINA RUSSA
TEXTO PUBLICADO NO FB
TRUMP
TEXTO PUBLICADO NO FB NOVEMBRO (Ligeiramente modificado)
MARADONA
TEXTO PUBLICADO NO FB EM NOVEMBRO
AINDA O CHEGA E SEUS APOIANTES
TEXTO PUBLICADO NO FACEBOOK EM NOVEMBRO
TEXTO PUBLICADO NO FACEBOOK EM NOVEMBRO
ANDRÉ VENTURA
TEXTO PUBLICADO NO FACEBOOK EM NOVEMBRO
AJUDAS ESPECIAIS
TEXTO PUBLICADO NO FACEBOOK EM NOVEMBRO
COLABORADORES
TEXTO PUBLICADO EM NOVEMBRO NO FACEBOOK
AGUIAR E SILVA
TEXTO PUBLICADO EM NOVEMBRO NO FACEBOOK
PSD/CHEGA
TEXTO PUBLICADO NO FACEBOOK EM NOVEMBRO
ELEIÇÕES AMERICANAS - O VOTO ANTECIPADO POR CORRESPONDÊNCIA
terça-feira, 14 de setembro de 2021
TEXTO PUBLICADO EM OUTUBRO NO FACEBOOK
MARCELO E A PANDEMIA
PUBLICADO NO FACEBOOK EM OUTUBRO
ELEIÇÕES NO BENFICA
TEXTOS PUBLICADOS EM OUTUBRO NO FACEBOOK
MARCELO EM ESPANHA
TEXTOS PUBLICADOS NO FACEBOOK EM SETEMBRO
ANTÓNIO TABORDA
Um nome incontornável da luta antifascista e do
movimento estudantil contra a ditadura.
Sem esquecer o seu contributo para a luta
antifascista, como profissional do direito, defendendo presos políticos nos
tribunais plenários e a sua participação nas acções da Oposição Democrática e
sem esquecer também o entusiasmo com que participou no processo revolucionário
desencadeado pelo 25 de Abril e da sua permanente defesa dos valores e
princípios democráticos institucionalizados pela Revolução de Abril, eu quero
acima de tudo sublinhar e enaltecer o seu notável contributo para a luta
antifascista no seio do movimento estudantil de que foi um destacado dirigente.
Fiel aos seus princípios de sempre, foi na luta
estudantil nos verdes anos da juventude que a sua personalidade deixou uma
marca indelével de carácter, de coragem e de firmeza perante a arbitrariedade
da repressão fascista de que foi, como tantos outros da sua geração, uma vítima
corajosa e intransigente na defesa dos valores que perfilhava.
É a esta geração a que TABORDA pertenceu, uma geração que nunca pediu
desculpa aos fascistas de ser democrata, que aqui se homenageia na figura do
nosso Querido Amigo António TABORDA.
01/09/2020
CONCELHO DE LAGOA (PANDEMIA)
nestes últimos tempos, digamos a partir
de meados de Agosto, tenho deparado com uma preocupante permissividade em
supermercados e restaurantes, em matéria de regras relativas a COVID 19.
Há supermercados que não respeitam a
lotação a que a sua área a obriga nem o distanciamento físico nas zonas de
atendimento ao público (balcões e caixas).
Nos restaurantes é frequente ver-se
empregados e patrões (principalmente patrões) sem máscara de protecção, tanto
no serviço de mesa como na cozinha.
Nem todos, certamente, incumprirão as regras,
mas há muito incumprimento e nula fiscalização.
01/09/2020
NAVALNI
Caso se confirme que Navalni foi vítima
de envenenamento, seria lamentável e condenável que a Rússia estivesse a
trilhar o caminho há muito seguido por Israel, Estados Unidos, Arábia Saudita e
ainda há não muito tempo pela Espanha. República Federal da Alemanha, Marrocos,
entre outros. E há mais tempo ainda (fascismo) também por Portugal.
A eliminação física dos adversários ou
inimigos políticos não é um caminho que possa ser defendido em nenhuma
circunstância.
03/09/2020
PRESIDENCIAIS I
Para o naipe de candidatos ficar completo, com
interesse, o PCP deveria apresentar a Rita Rato, como candidata.
Apresentar um candidato que não capte votos fora do núcleo mais restrito e
mais fiel dos votantes no PCP não será uma boa ideia, embora ninguém mais
queira saber dos votos dos candidatos que perderam uma semana depois da data da
eleição.
10/09/2020
PRESIDENCIAIS II
As presidenciais podem ter o fascínio de
pôr a discordar os amigos que estão sempre de acordo no essencial. Quando isto
acontece, é porque a questão da eleição ou da reeleição já está resolvido. Se
não estivesse, a música seria outra e as divergências acabariam por ser sanadas
e superadas.
Assim, o que resta são questões
marginais.
Apreciando neste contexto a candidatura
de AG, o que nos apetece dizer é o seguinte: a candidatura de AG facilita a
vida ao PS (porque lhe elimina a obrigação de apoiar Marcelo), tira lastro à
candidatura do BE, que tende a ficar confinada a uma candidatura de tipo PCP
(fixação de eleitorado), incomoda Marcelo, que vê baixar ainda mais a
percentagem por que será reeleito e restringe o âmbito da candidatura de
Ventura, cujo protesto tenderá a ficar circunscrito a votantes do PSD e do CDS.
Dito isto, e tendo por base de
raciocínio as anteriores nove eleições presidenciais, o que se conclui é o
seguinte: oito dias depois de declarado o vencedor ninguém mais quer saber dos
votos dos candidatos vencidos. Das duas vezes que houve tentativas de
contrariar este princípio, o resultado foi o que se conhece: um trágico
(Otelo), outro (Alegre), uma farsa.
10/09/2020
PRESIDENCIAIS III
ANA GOMES E O PS
UMA NOTA BREVE
Ana Gomes tem, pelas suas características, boas hipóteses de seduzir uma
parte considerável da nomenklatura do PS e, consequentemente, de penetrar no
eleitorado socialista que nela se revê.
De facto, Ana Gomes, não obstante o seu passado "maoísta" e a sua
integração no partido do "Grande educador da classe operária", está
bem mais próxima da matriz tradicional do PS do que daquela que agora assumiu a
sua direcção sob o comando de António Costa.
Desde os seus primórdios, inclusive durante o curto espaço de tempo em que
teve de conviver com o fascismo, o PS sempre foi, até Costa, um partido de
protesto na oposição, por vezes mesmo radical, e de aliança com a direita no
governo.
Apenas com Costa o partido passou a ter, no Governo, uma prática política
diferente. Uma prática que, estando longe de satisfazer os sectores da esquerda
que nele se não integram, não receia afrontar a direita para dar execução e
cumprimento aos objectivos que se propôs atingir.
Ora, os sectores do PS e do seu eleitorado que continuam a acompanhar com
grandes reservas este novo comportamento do PS, nomeadamente em tempos de crise
como os que agora se vivem e continuarão a viver por tempo indeterminado,
revêem-se sem esforço numa personalidade como a de Ana Gomes.
Uma militante que não tem problemas em radicalizar o seu discurso em
questões periféricas, mas de grande impacto em certas camadas populares, de
alinhar em política internacional, sob a capa da protecção dos "direitos
humanos", nas maiores barbaridades, enfim, de manter sobre determinados
temas um discurso, que pela sua radicalidade, torna desde logo inviável a sua
concretização, e omitir o que realmente é essencial para o progresso e
desenvolvimento da sociedade portuguesa, é uma candidata com algumas hipóteses
na potencial base de apoio em que conta ganhar votos..
Com este discurso, Ana Gomes cativa, como se está a ver, uma parte
importante do eleitorado do PS, cria problemas a Marcelo por se apresentar aos
sectores da direita mais critica da actividade do Governo do que o Presidente
eleito por aquela direita, retira espaço a Ventura em tudo quanto seja voto de
protesto em matéria de corrupção, justiça e o que mais se verá durante a
campanha, e atinge o âmbito eleitoral de Marisa nas matérias em que o Bloco se
identifica com Ana Gomes. No entanto, Marisa, se não se deixar enredar nas
questões secundárias e periféricas, é, dos três candidatos que se opõem a Ana
Gomes, a que menos terá a temer a sua campanha.
11/09/2020
11 DE SETEMBRO DE 1973
Um dia trágico para os socialistas de todo o mundo.
Duplamente trágico: pelo que aconteceu e pelas consequências do acontecido.
Entre estas enumero apenas duas:
Primeira - Os "rapazes de Chicago", usando o Chile como cobaia,
fizeram com Pinochet o seu primeiro grande ensaio do modelo neoliberal e um ano
depois até obtiveram o prémio Nobel de Economia (Hayek) como selo de garantia
da eficácia do ensaio em curso (facto que passou despercebido a muita gente);
Segunda - A reacção de certos partidos de esquerda que passaram a fazer do
"consenso alargado" como via segura para o socialismo, de que o
"compromisso histórico" foi o seu principal exemplo, esqueceram uma
evidência incontornável: jamais as forças anti-socialistas se aliarão às
socialistas para promoverem o socialismo. Se se aliarem, será para o
neutralizar, enfraquecendo-o, deixando-o morrer lentamente e nunca para o
apoiar.
11/09/2020
AS TRÊS MARIAS
MURAL DE V N de CERVEIRA
12/09/2020
PRESIDENCIAIS IV
JOÃO FERREIRA
João Ferreira era o candidato previsível do PCP às
presidenciais. Se os objectivos do partido são apenas o de veicular a sua
mensagem relativamente aos problemas com que o país se debate e o de apresentar
a sua interpretação sobre como deve um Presidente da República desempenhar as
suas funções no quadro constitucional, João Ferreira é certamente um bom
candidato. Inteligente, bem preparado, capaz de exprimir com clareza e rigor a
sua mensagem, João Ferreira satisfaz e cumpre aqueles objectivos, porventura
melhor que qualquer outro.
Mas se esta candidatura tem também em vista fixar ou
até alargar o eleitorado do partido, tornando-o incólume às múltiplas tentações
que esta eleição, no específico contexto em que ocorrerá, vai seguramente
potenciar, já a escolha em questão levanta algumas dúvidas.
Para fazer frente à campanha populista, à esquerda e à
direita, que dentro em pouco se iniciará com uma intensidade nunca vista entre
nós, a presença de um candidato, homem ou mulher, de preferência mulher, capaz
de estabelecer uma ligação afectiva com o eleitorado, quer pela palavra, quer
pela sua figura, seria a nosso ver a escolha mais acertada.
E será preciso também ter em conta que esta eleição, depois de tudo o que
se passou e está a passar, e da gigantesca campanha desencadeada em toda a
Europa, sobre os méritos da União Europeia na mitigação dos efeitos da
pandemia, não será certamente a melhor oportunidade para, com insistência,
evidenciar as diferenças e as críticas que a sua actuação merece. E contra isso
terá de se acautelar João Ferreira, se também tem em vista fixar o eleitorado
13/09/2020
A TRANSIÇÃO ESPANHOLA
A passagem do franquismo para a democracia, por via da chamada
"transição", tão elogiada pelo Ocidente no contexto da Guerra Fria em
que ocorreu e que continua a ser muito aplaudida pelos nossos comentadores "bem-pensantes",
parecia ter resolvido os problemas históricos, próximos ou distantes, com que
os espanhóis se debatem, apesar de os exemplos da França, da Itália e de
Portugal apontarem num sentido bem diferente.
E de facto, enquanto tudo foi festa, principalmente pela abundância de
dinheiro gerado pelo crescimento económico até à crise financeira de 2008, tudo
parecia correr razoavelmente bem.
Todavia, mal a "festa" acabou, no abreviado segundo mandato de
Zapatero, e uma nova geração entrou em cena, nunca mais os problemas que
atormentam Espanha, novos ou velhos, deixaram de se manifestar e agravar,
inclusive depois do desmantelamento da ETA, cujo fim, paradoxalmente,
contribuiu para agudizar ainda mais aqueles problemas.
Estava, porém, na previsão de muita gente que uma passagem à democracia
"pactada", como eles dizem, com os fascistas nunca poderia dar bom
resultado nem eliminaria as consequências nefastas do franquismo, as quais,
exactamente por não terem sido "ajustadas as contas" na hora própria,
se tem vindo a revelar muito mais duradouras do que a generalidade dos
espanhóis poderia supor.
Multiplicando as "leis da memória histórica", os socialistas, que
juntamente com os comunistas, foram cúmplices daquela "transição",
tentam resolver por esta via o que por ela já não está em condições de ser
resolvido.
Agora, o PSOE, PODEMOS, COMUNS, vão aprovar uma lei que declarará
"nulos todos os juízos e sentenças do franquismo".
De boas intenções está o inferno cheio. De facto, o problema subsistirá
enquanto os franquistas que não foram arredados na hora própria continuarem a
representar uma parte muito considerável da classe política espanhola, tornando
hoje muito mais difícil do que então a resolução daqueles problemas.
13/09/2020
FÁTIMA
Fica agora claro para quem tivesse dúvidas de que toda a polémica levantada
pela direita, Presidente da República incluído, a propósito da Festa do Avante,
não passava de anticomunismo primário.
Pelos noticiários das televisões de hoje relativos à peregrinação ao
Santuário de Fátima, ficou a saber-se, também sem margem para dúvidas, tanto
pelas imagens como pelos depoimentos dos peregrinos, que a Igreja, outrora tão
elogiada como uma das forças mais organizadas deste pais ( as outras duas eram
as Forças Armadas e o PCP), afinal não tem competência para fazer cumprir as
regras sanitárias em vigor, tendo dado um péssimo exemplo de civismo com a
permissividade demonstrada ao permitir que as pessoas se juntassem às centenas
no Santuário de Fátima em claro desrespeito por aquelas regras.
E esta é mais uma razão para a Igreja, em vez de protestar contra a
disciplina escolar de Educação Cívica, pela voz do Cardeal Patriarca de Lisboa
e dos párocos que nas homilias a replicaram, apoiar aquela disciplina e ela
própria se inscrever em aulas ou explicações que a possam ajudar no cumprimento
de deveres cívicos, sanitários ou outros, principalmente outros...
13/09/2020
O QUE EU APRENDO
Aprende-se muita coisa a ver televisão.
Hoje, por exemplo, ouvi um conhecido militante do CDS, Lobo Xavier, num
programa em que participa regularmente, afirmar que o grande problema do SNS é
o baixo salário dos médicos. E não menos instrutiva foi a afirmação de que está
por demonstrar a boa resposta do SNS nesta crise sanitária que estamos a
atravessar.
O futuro é, portanto, risonho. Vamos ter
grandes aumentos dos médicos e certamente também dos demais profissionais de
saúde, porventura até em toda a função pública, se o CDS for governo. Não mais
vamos ter o CDS a fazer o trabalho sujo do PSD, como aconteceu no passado
sempre que passou pelo governo. Certamente estas mudanças serão acompanhadas de
uma, não digo autocrítica que eles não usam, confissão pública de pecados
pretéritos e da correspondente absolvição para ser credível.
O problema é que o CDS parece que já não
existe ou que vai deixar de existir. É pena.
17/09/2020
FATIMA E MARCELO REBELO DE SOUSA
Estou muito preocupado com as
preocupações que o Senhor Presidente da República não deixará de manifestar
publicamente sobre a realização da peregrinação a Fátima no próximo dia 13 de
Outubro.
Das preocupações por ajuntamentos como
este, que Rio, Chicão, Ventura e outros também manifestarão, já a mim nada me
diz porque nenhum deles me representa um "milímetro" que seja. Já o
mesmo não poderei dizer do Senhor Presidente da República, porque integrando
ele um órgão unipessoal electivo de representação nacional, me representa quer
eu queira quer não. E é daí que vem as minhas preocupações. É de saber que o
Senhor Presidente não pode deixar de afirmar publicamente que se distancia
desse acontecimento; de afirmar que não tem da sua realização o mesmo
entendimento do Bispo de Leiria ou do órgão da Igreja que decide da sua
realização; de ter de chamar a Belém esses altos dignitários da Igreja para
pessoalmente obter deles a garantia de que vão cumprir as regras em vigor; de
ter de os receber sem lhes beijar a mão, para não ter de explicar ao
Primeiro-ministro que não há qualquer promiscuidade entre política e religião,
como seguramente fará sempre que na sua condição de cidadão muito crente
pratica aquele gesto. Enfim, preocupações que o Senhor Presidente da República
não deixará de ter e que a mim, como seu representado, muito preocupa que as
não tenha.
18/09/2020
UMA QUESTÃO QUE ME INTRIGA
O que aconteceria se, no contexto de um
pacto de silêncio, o Banco Central Europeu perdoasse a dívida de todos os
Estados membros da UE?
O que aconteceu quando os aliados
ocidentais decidiram perdoar todas as dívidas da responsabilidade da recém
criada RFA?
Para meditar, pedindo desde já o ilustre
parecer dos economistas... desde que não seja mais aterrador que o COVID 19.
20/09/2020
ÀS CLARAS
Fazendo do Brasil uma república das
bananas, Mike Pompeo deslocou-se à fronteira com a Venezuela, em Roraima, para ameaçar
Maduro: "Vamos tirá-lo de lá".
Estamos muito longe daqueles tempos em
que os Estados Unidos montavam uma operação camuflada na Florida ou numa
qualquer república da América Central para invadir a Guatemala, Cuba ou
qualquer outro país dessa região.
Hoje, tudo é diferente. O Secretário de
Estado americano não se sente na obrigação de esconder o que quer que seja e
tem até o descaramento de solicitar a comparência do seu homólogo brasileiro
para em território brasileiro, por ele escolhido, anunciar que vai mudar o
governo da Venezuela.
Bem podem os anteriores chanceleres do
Brasil, desde Sarney até Dilma, alinhar num protesto colectivo contra esta
desfaçatez americana em território nacional com a colaboração do governo
brasileiro e inclusive interpretarem este comportamento como expressão de um
rebaixamento que coloca o Brasil ao nível de uma qualquer republiqueta do
centro-America, onde o ditador de serviço não passava de um lacaio às ordens de
Washington, bem podem... , dizíamos, que nada disto mudará a política americana
nem o alinhamento com ela do Brasil, pela simples razão de que hoje os Estados
Unidos actuam na cena internacional como os grandes bandidos de Chicago ou Nova
York outrora actuavam no mundo do crime, deixando que o seu nome fosse abertamente
associado às suas façanhas criminosas para impor respeito e temor a quem
ousasse desafiar as suas "ordens"!
21/09/2020
Os Estados financiavam-se junto dos seus
bancos centrais, que tinham competência para emitir moeda. O neoliberalismo
impôs como regra a proibição de os bancos centrais financiarem os Estados,
regra que não é seguida, como se sabe, nos Estados Unidos e em parte também na
Inglaterra, Japão e alguns outros, muito poucos, Estados de economia
neoliberal.
Não se financiando junto do Banco
Central, sendo os rendimentos da esmagadora maioria da população insuficientes
para assegurar o total financiamento do Estado e recusando-se a escassíssima
percentagem dos que detêm a maioria esmagadora da riqueza a pagar impostos correspondentes
à dimensão da sua riqueza, o Estado vê-se obrigado a financiar-se junto dos
detentores desta riqueza que, não encontrando na economia maneira de com a
mesma facilidade e quase nulo investimento assegurar um rendimento idêntico ao
que conseguem por via do crédito, não têm dúvidas em optar por este.
Um pouco por todo o lado, vai-se
percebendo que o meio mais eficaz de os Estados fugirem a esta tenaz é
endividarem-se muito. Muitíssimo. Quanto mais se endividarem mais fortes serão
e mais perto estarão de não pagar a dívida.
22/09/2020
CCB – CENTRO CULTURAL DE BELEM
Afinal, de quem é o CCB que nós pagámos?
O Estado vai arrendar o CCB para lá terem lugar os eventos (conselhos de
ministros, outras reuniões, etc.) relacionados com a presidência da União
Europeia? Se o CCB não pertence ao Estado quem autorizou a sua dádiva? Dizem
que pertence a uma fundação. Quanto pagou ao Estado pelo CCB o fundador dessa
fundação?
É isto que a malta não percebe. A malta
não só não percebe que o Estado não fique proprietário dos créditos ditos
incobráveis que esse mesmo Estado está obrigado a pagar ao Novo Banco como
também não percebe que tenha de pagar uma renda para usar um bem que é seu e
que todos nós pagámos.
Isto é o neoliberalismo na sua crueza,
sem máscara.
22/09/2020
JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS
ESCRITOR E JORNALISTA DA RTP
Ipsis verbis, afirma JRdS: "Diz o
Governo que a colocação de tendas em vários hospitais nada tem HAVER com o
COVID 19".
Não há nada como ser escritor e
jornalista!
Para quem não acredita, favor revisitar
telejornal das 20h, de hoje, 23/09/2020.
23/09/2020
AMÁLIA
Tenho visto os episódios que a RTP tem apresentado
sobre a carreira da popular artista.
Vamos no terceiro, a decorrer, e Alain Oulman ainda
não apareceu.
Pergunto: o que seria a Amália sem Oulman? Isto que
temos estado a ver... E eu regresso a esses tempos e até fugia quando se falava
de fado.
Ah, grande Oulman!
24/09/2020
O EMBAIXADOR AMERICANO
Os comentadores que nós temos estão mais
preocupados em "explicar" as palavras do embaixador americano (sobre
G5 chinês) do que em defender a independência e a honra do seu país.
São uma vergonha e o próprio Ministro
dos Negócios Estrangeiros também não tinha nada que entrar em explicações sobre
a forma como Portugal toma as suas decisões, mas apenas e só sublinhar que as
decisões do Governo português são tomadas em Portugal de acordo com os seus
interesses.
Mas percebo que seria esperar muito do
Ministro e da diplomacia portuguesa qualquer outra resposta que não fosse a de
deixar subentendida a subserviência aos interesses americanos e simultaneamente
a de exibir a mágoa por, em público, terem sido colocados na situação em que o
embaixador americano os colocou.
Aliás, toda esta pressão americana não
tem a ver com segurança nacional, nem nada que se pareça, como tem sido
demonstrado por quem tem analisado o assunto a sério, mas é antes a expressão
da fraqueza americana e da sua derrota na globalização
26/09/2020