TEXTO PUBLICADO NO FB EM DEZEMBRO
A RTP está transformada num muro de lamentações permanente. Toda a gente se acha no direito de reclamar do Estado os rendimentos que a pandemia lhe tirou. É no Porto, é em Lisboa, é em Faro, é em todo lado onde houver um protesto, lá estará a RTP para o amplificar e lhe proporcionar o respectivo eco.
Na crise da dívida pública, consequência da crise financeira, que atingiu centenas de milhares de trabalhadores, não temos ideia de a RTP ter estado permanentemente mobilizada para dar voz aos atingidos pela crise. Nem tão pouco o Governo se detinha nestas "minudências", empenhado que estava no permanente reforço das medidas de austeridade como remédio salvifico para a superação da crise.
É provável que a esta diferença de actuação da RTP, relativamente aos protestos, não seja alheio o facto de a crise da dívida ter atingido fundamentalmente os assalariados enquanto esta, decorrente da pandemia, sem deixar de igualmente afectar os trabalhadores, afecta também, e em larga escala, os patrões, pequenos e grandes.
Ou seja, no fundo não é uma razão diferente da que leva a Chega a estar presente nestes protestos e completamente ausente nos anteriores, seja sob a forma de Chega, seja a sob a forma de qualquer um dos seus parentes próximos.
03/12/2020
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