quinta-feira, 15 de maio de 2008

ANGOLA É NOSSA?



PARECE QUE SIM

A violência dos ataques contra Angola de sectores portugueses politicamente tão diferenciados (extrema direita e direita colonialista, socialistas soaristas, bloquistas, trotskistas, arrependidos ou não, maoistas e emeeles de várias procedências) permite-nos perceber que a questão angolana, trinta e tal anos depois da proclamação da independência, ainda não está bem resolvida no seio da sociedade portuguesa. De facto, não há militância política, por mais empenhada que seja, que durante tanto tempo mantenha um tão elevado grau de emotividade como aquele que se manifesta a propósito de Angola sempre que um bom pretexto o justifica.
Agora foram as palavras do cantor, como antes terá sido a presença dos cubanos, a disputa entre a UNITA e o MPLA ou os ataques do jornal de Angola a Mário Soares.
A paixão e a agressividade com que tais assuntos são tratados em Portugal não são normais. Porventura, nos envolvemos do mesmo modo com as disputas, bem crispadas, travadas aqui ao lado, em Espanha?
Diz-se que a intervenção é feita em nome dos direitos do homem e contra a corrupção. A invocação dos direitos do homem por parte dos sectores colonialistas só nos pode fazer rir. E que dizer dos que agora são tão sensíveis a esses valores e antes apoiavam Savimbi com tanto entusiasmo?
Manifestamente, Angola é nossa…

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