GRANDE ENTREVISTA: QUE CRITÉRIOS?
Ouço no telejornal das 8, por mais de uma vez, que Judite de Sousa entrevistará Pôncio Monteiro na “Grande entrevista”. Ouço e não acredito. O que é que poderá justificar que um comentador de futebol conhecido pela “argumentação” mais estúpida que se ouve na televisão, a raiar a boçalidade, possa ser convidado para um programa de horário nobre, em princípio, reservado a quem tem algo para dizer? Pelas imagens de apresentação do programa parece que o entrevistado irá falar sobre uma grave doença que há algum tempo o acometeu. Com todo o respeito pela doença alheia, há infelizmente milhares de pessoas neste país que passaram ou passam por doenças graves. A que propósito se vem falar da de Pôncio Monteiro?
Por outro lado, basta tê-lo ouvido falar uma ou duas vezes, para logo se perceber pelas suas intervenções, sempre que elas careçam de um mínimo de contextualização, que se trata de uma personalidade politicamente primária, sem qualquer ponta de interesse qualquer que seja o ângulo por que seja encarada.
Portanto, se para falar de futebol já tem o seu espaço, no qual em colaboração com outros tanto contribui para a estupidificação do povo português, e se quanto ao resto não tem nada para dizer, como se justifica, insisto, a entrevista?
Só pode haver uma razão. É a televisão pública ter espaços familiares para receber os amigos, como quem os recebe em casa.
Que temos nós a ver que o Sr. Pôncio Monteiro seja amigo do Sr. Seara, um viscoso comentador do Benfica, que por seu turno é marido da Sra. Judite de Sousa?
Ninguém põe cobro a isto, nem que seja à custa de mais umas “vítimas” da liberdade de imprensa?
Ouço no telejornal das 8, por mais de uma vez, que Judite de Sousa entrevistará Pôncio Monteiro na “Grande entrevista”. Ouço e não acredito. O que é que poderá justificar que um comentador de futebol conhecido pela “argumentação” mais estúpida que se ouve na televisão, a raiar a boçalidade, possa ser convidado para um programa de horário nobre, em princípio, reservado a quem tem algo para dizer? Pelas imagens de apresentação do programa parece que o entrevistado irá falar sobre uma grave doença que há algum tempo o acometeu. Com todo o respeito pela doença alheia, há infelizmente milhares de pessoas neste país que passaram ou passam por doenças graves. A que propósito se vem falar da de Pôncio Monteiro?
Por outro lado, basta tê-lo ouvido falar uma ou duas vezes, para logo se perceber pelas suas intervenções, sempre que elas careçam de um mínimo de contextualização, que se trata de uma personalidade politicamente primária, sem qualquer ponta de interesse qualquer que seja o ângulo por que seja encarada.
Portanto, se para falar de futebol já tem o seu espaço, no qual em colaboração com outros tanto contribui para a estupidificação do povo português, e se quanto ao resto não tem nada para dizer, como se justifica, insisto, a entrevista?
Só pode haver uma razão. É a televisão pública ter espaços familiares para receber os amigos, como quem os recebe em casa.
Que temos nós a ver que o Sr. Pôncio Monteiro seja amigo do Sr. Seara, um viscoso comentador do Benfica, que por seu turno é marido da Sra. Judite de Sousa?
Ninguém põe cobro a isto, nem que seja à custa de mais umas “vítimas” da liberdade de imprensa?
ADITAMENTO
Dizem-me num comentário ao texto que Pôncio Monteiro não foi à “Grande entrevista”, mas a um programa chamado “Vidas contadas”, de cuja existência, devo confessá-lo, não tinha notícia.
Ouvi durante o telejornal – ou suponho que ouvi – Rodrigues dos Santos anunciar, por mais de uma vez, que Judite de Sousa entrevistaria Pôncio Monteiro. E supus que se tratava da “Grande entrevista”.
Do lapso peço desculpa. Como nunca vi o tal programa desconheço os critérios que norteiam as escolhas das pessoas e os temas que elas abordam. Pode ser que a história clínica de Pôncio Monteiro se enquadre no programa, mas nem por isso deixamos de pensar que à sua escolha não foram alheias as razões que constam do texto.
3 comentários:
Caro JM Correia Pinto,
nada de confusões.
O programa onde aparece Pôncio Monteiro é a edição de hoje do programa "Vidas Contadas".
É um programa que quer demonstrar que, se a pessoa acreditar que é possível, torna possível o que parece ser impossível.
A única coincidência com o programa "Grande Entrevista" é o facto de ser apresentada pela mesma pessoa, Judite de Sousa.
Link da edição do programa acima citado:
http://tv1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=26179
Não lhe ficava nada mal um pedido de desculpas, ou a eliminação, pura e simples, desta mensagem. É que, nesta edição, o Dr. Pôncio Monteiro não fez nenhuma análise para além do que pessoalmente passou no tempo em que esteve doente.
De facto supunha ter ouvido "Grande entrevista". E supunha ter ouvido pelo menos três vezes. Ouvi certamente anunciar que fulana de tal entrevistaria cicrano e fiz a analogia.Nem sequer sabia que o tal programa, "Vidas contadas", existia.
Admitindo, sem concordar, porque nem sequer conheço o programa, que o seu conteúdo habitual se adapta ao relato do entrevistado, nem por isso deixo de pensar que a sua escolha é ditada pelas razões que constam do texto.
Assim sendo, falecem as razões que desaconselhariam o convite a tal personagem, mas mantêm-se intactas as que determinaram a sua escolha.
JMCPinto
Discordo, em absoluto, do comentário de Jorge Almeida.
Assino o poste, sem reservas, e não vejo sombra de fundamento para pedir desculpas.
Peço desculpa: pedir desculpas?
Santa paciência!
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