sábado, 9 de agosto de 2008

EANES CONCORDA COM CAVACO

CAVACO DEVE FALAR DIRECTAMENTE AOS PORTUGUESES, DIZ EANES

Eanes concorda com tudo que cheire a bonapartismo, por isso não admira que, a propósito dos Estatutos dos Açores, que é uma questão entre o Presidente da República e o Parlamento, ele concorde em que o Presidente se dirija directamente ao povo, em vez de o fazer a quem tem competência e legitimidade para alterar a lei.
Conhecemos bem os limites da democracia representativa e do mandato incondicionado. Por isso, achamos que se tornam cada vez mais necessários mecanismos que permitam aos representados (ao povo) controlar o exercício do mandato, para que os seus representantes, durante o seu exercício, respeitem a vontade popular.
Este controlo, exercido de baixo para cima, é um controlo democrático, amplamente desejável. Ele nada tem a ver com os apelos directos ao povo feitos de cima para baixo. Tais apelos são frequentemente anti-democráticos e prestam-se a todo o tipo de demagogias. Por isso, são amplamente indesejáveis.

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