AFINAL, QUEM ATIROU SOBRE RAMOS-HORTA?
Depois das revelações ontem feitas pelo The Australian, é hoje a vez de um outro jornal australiano The Age, pela pena do seu correspondente em Dili, Lindsay Murdoch, afirmar que há provas que contrariam a tese amplamente difundida de que Ramos-Horta teria sido atingido por um elemento do grupo do Major Reinado.
O mistério pouco a pouco começa a desvendar-se. Reinado e gente da sua confiança teriam sido atraídos à residência de Ramos-Horta, supostamente para conversações (de resto, não inéditas entre ambos), onde, segundo The Australian, foram executados. Entretanto, alguém, com uniforme diferente do dos homens de Reinado, disparou sobre o Presidente. Simultaneamente, ter-se-ia registado um atentado falhado contra Xanana Gusmão.
O homem a quem é imputado a autoria material dos disparos nega que os tenha feito e Ramos Horta não reconhece nele o seu atacante.
A Fretilin e algumas personalidades políticas de Timor-Leste pedem uma investigação independente. Xanana resiste e até ao presente ainda não a viabilizou.
A histérica emoção que se apoderou da maior parte da sociedade portuguesa a propósito da situação de Timor-leste, por razões que não interessa aqui analisar, e para a qual contribuíram, em partes iguais, tanto as autoridades públicas como os media em geral, não permitiu uma análise serena da situação e muito menos dos protagonistas timorenses. Esqueceram-se episódios passados, daqueles que marcam definitivamente o percurso político dos seus intervenientes, construíram-se heróis e embarcou-se num voluntarismo totalmente irracional, a ponto de o então Primeiro-Ministro português ter afirmado que com Timor se gastaria tudo o que fosse necessário, sem limites!
Mais lúcidos, sem emoção, os australianos compreendem Timor muito melhor do que os portugueses e paulatinamente vão contribuindo para a nossa compreensão de Timor-Leste. Enfim, mais vale tarde…
Depois das revelações ontem feitas pelo The Australian, é hoje a vez de um outro jornal australiano The Age, pela pena do seu correspondente em Dili, Lindsay Murdoch, afirmar que há provas que contrariam a tese amplamente difundida de que Ramos-Horta teria sido atingido por um elemento do grupo do Major Reinado.
O mistério pouco a pouco começa a desvendar-se. Reinado e gente da sua confiança teriam sido atraídos à residência de Ramos-Horta, supostamente para conversações (de resto, não inéditas entre ambos), onde, segundo The Australian, foram executados. Entretanto, alguém, com uniforme diferente do dos homens de Reinado, disparou sobre o Presidente. Simultaneamente, ter-se-ia registado um atentado falhado contra Xanana Gusmão.
O homem a quem é imputado a autoria material dos disparos nega que os tenha feito e Ramos Horta não reconhece nele o seu atacante.
A Fretilin e algumas personalidades políticas de Timor-Leste pedem uma investigação independente. Xanana resiste e até ao presente ainda não a viabilizou.
A histérica emoção que se apoderou da maior parte da sociedade portuguesa a propósito da situação de Timor-leste, por razões que não interessa aqui analisar, e para a qual contribuíram, em partes iguais, tanto as autoridades públicas como os media em geral, não permitiu uma análise serena da situação e muito menos dos protagonistas timorenses. Esqueceram-se episódios passados, daqueles que marcam definitivamente o percurso político dos seus intervenientes, construíram-se heróis e embarcou-se num voluntarismo totalmente irracional, a ponto de o então Primeiro-Ministro português ter afirmado que com Timor se gastaria tudo o que fosse necessário, sem limites!
Mais lúcidos, sem emoção, os australianos compreendem Timor muito melhor do que os portugueses e paulatinamente vão contribuindo para a nossa compreensão de Timor-Leste. Enfim, mais vale tarde…
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