terça-feira, 22 de junho de 2010

CAVACO CONFRONTADO COM AS SUAS LIMITAÇÕES



A PROPÓSITO DAS EXÉQUIAS FÚNEBRES DE SARAMAGO

Provavelmente Saramago não apreciaria a presença de Cavaco no seu funeral, embora seja de presumir que não desdenhasse a presença do Presidente da República. Como no preciso momento histórico há uma coincidência entre a pessoa de Cavaco e a figura do Presidente da república, Saramago, como republicano, não teria meios de impedir a presença de Cavaco sem simultaneamente desprestigiar o cargo de Presidente da Republica. Por isso, contrariado, a regañadientes, como ele já dizia, teria de suportar Cavaco no seu funeral como Presidente da República num derradeiro respeito simbólico pelas instituições republicanas.
Cavaco não compreendeu isto. E supôs que era Cavaco, o de Poço de Boliqueime, que estaria no funeral a homenagear Saramago. Claro, Saramago ficou a rir-se mais uma vez e seguramente a pensar que teria ali mais um interessante enredo com que entreter os “emissários celestes” do Vaticano agora ainda mais confundidos com o Autor que banaliza o sagrado e a sacraliza o profano.

1 comentário:

Anónimo disse...

A minha "teoriazinha":

C.S. com uma cajadada matou dois coelhos: Deu largas à sua aversão pessoal por Saramago e compensou a direita pela infidelidade recente a propósito do casamento homo