GUANTÁNAMO E FIDEL
Enquanto Obama se mostra incapaz de fazer respeitar as promessas eleitorais, dando mais um triste exemplo de uma presidência que se deixa dominar pelos lobbies e pelos múltiplos poderes fácticos que ele prometeu combater, Fidel, um pouco mais a sul, avisa o mundo que “está totalmente recuperado” e que se pode continuar a contar com ele na luta contra o imperialismo americano.
Criticado pelos seus apoiantes e pelos advogados que o próprio Pentágono escolheu para defender os “raptados” de Guantánamo, Obama, com o regresso às “comissões militares”, travestidas de tribunais, patenteia a sua incapacidade para pôr termo a essa vergonha que é Guantánamo e retoma o caminho de Bush mandando julgar, sem as garantias comuns, os muitos presos que ainda se encontram naquela base americana.
Com esta atitude de impotência institucional, fica claro que o “Império” tem as suas regras inapeláveis, governe quem governar. Por isso, Fidel continua em guarda e ri-se da democracia americana…
3 comentários:
Caro JMCorreia-Pinto,
Desculpe a ousadia mas, a minha perplexidade solicita-me diálogo com quem considero e respeito pela inteligência e a qualidade da análise que, sempre!, se revela útil e pertinente, qualquer que seja o ponto de vista... por isso, se reconhecer algum interesse na minha sugestão, saiba que gostaria de o ler sobre a decisão de Obama em autorizar a construção da mesquita no zona "ground zero" de Nova Iorque...
Um grande abraço com votos de Férias Felizes :)
Minha cara Amiga:
Uma pequena correcção: Obama não autorizou a construção de uma mesquita na "Ground zero". Não tem poderes para isso. Limitou-se a invocar a liberdade religiosa, como valor fundador dos EUA, inferindo-se daí que é pela construção da mesquita. Mas logo no dia seguinte, em declarações à CNN, corrigiu o "tiro" e de certa forma desdisse o que antes afirmara.
De qualquer modo é imensamente mais fácil dizer que se concorda com a construção de uma mesquita, não tendo poderes para autorizar ou proibir a sua construção, do que acabar com a vergonha de Guantánamo...que depende, no edssencial, exclusivamente dele!
Aliás, a declaração de Obama situa-se no mínimo exigível. Qualquer outra seria puro racismo. Se bem sabe, até o Mayor de New York, Bloomberg (republicano), diz exactamente o mesmo.
Bem gostaria que o Obama da presidência fosse o da campanha eleitoral. Infelizmente não é. E o pior ainda está para vir...
Grande abraço
JMCPinto.
Caro amigo, JMCorreia-Pinto,
Antes de mais, obrigado pela correcção da falta de rigor na forma como escrevia a propósito da construção da mesquita no centro de Nova Iorque... depois, naturalmente!, o meu agradecimento maior vai para a sua resposta que me não deixa a pensar sózinha e que, se me permite, subscrevo :)
Um grande abraço com votos de continuação de férias felizes :)
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