sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

OS ESCLARECIMENTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA



AINDA A “CASA DA COELHA” E NÃO SÓ

A notícia ontem publicada pelo jornal “Publico” sobre a “Casa da Coelha” dá conta, a propósito do cálculo da sisa, de uma situação muito mais complicada do que aquela que aqui se tinha previsto.
No post que aqui se escreveu afirmava-se que a sisa de que falava o esclarecimento da Presidência da República só poderia resultar de uma avaliação posterior à permuta, embora anterior a 1 de Janeiro de 2001.
E assim foi, com a grave diferença de a avaliação a posteriori ter incidido não sobre o projecto de construção efectivamente realizado, mas sobre um outro bem diferente em área e em valor.
Tudo isto, mais as questões que aqui colocámos, cuja importância fica reforçada por esta descoberta, são questões graves, muito graves. E toda a gente percebe porquê.
Todavia, a gravidade maior resulta do modo como a Presidência da República lida com os factos quando deles pretende dar conhecimento público, bem como da interpretação que por via deles pretende veicular. É que desta perspectiva a questão deixa de ser um assunto do cidadão Cavaco Silva, para se transformar numa questão instituciona
Com esta é a terceira vez que a Presidência da República publica esclarecimentos insuficientes ou incorrectos relativamente a factos que têm a pretensão de esclarecer, umas vezes por omissão de factos relevantes, outras por errada interpretação dos factos descritos. E como tudo isto é feito com tanta falta de inteligência, com recurso a raciocínios tão logicamente errados, com tão graves falhas argumentativas, ninguém, minimamente preocupado com o futuro deste país, pode deixar de se interrogar sobre as tão auto-elogiadas capacidades de quem está no vértice do sistema político português.
Em assuntos a que o Presidente da República deu pessoalmente tanta importância, quer por iniciativa sua (caso das escutas) quer por pressão da opinião pública (acções da SLN e Casa da Coelha), impossível será deixar de associar o seu nome ao que nesses esclarecimentos vem escrito e ao modo como vem escrito.
E não é preciso dizer mais nada…

1 comentário:

Anónimo disse...

No tempo de velho Estado Novo havia para além do Vasco Lourinho outro patusco que me divertia, era o José Augusto que falava da "varanda da Europa", como ele designava Paris. Na mesma altura também nos "divertiamos" com o Barradas do Diário da Mãnha o Coito do D.N., com a rapaziada do Ramiro Valadão, etc , era uma alegria!. Bom, passado pouco tempo tivemos a RTP do P.C. (Proença de Carvalho) de que ainda tenho mais saudades-
LG