É PRECISO TER LATA!
Cavaco foi hoje ao Instituto Superior de Economia e Gestão comemorar os 100 anos da Instituição. E como é um homem que nunca se engana e raramente tem dúvidas (atributos indiscutíveis de um verdadeiro cientista) passou parte da sua intervenção a citar-se, lendo extensos trechos da oração de sapiência que ali proferiu em 1982. Entre as pérolas com que brindou a assistência, vale a pena sublinhar esta: "E entendia então, tal como hoje continuo a entender, que cabe aos economistas “convencer os políticos e outros decisores da sua utilidade”; ou seja, “que a decisões económicas baseadas nos seus conhecimentos têm mais possibilidade de acertar do que as decisões baseadas na ignorância”.
Ou seja, é caso para nós dizermos agora: em cerca de trinta anos Cavaco não aprendeu nada.
Se Cavaco tivesse a humildade de dizer, como ainda recentemente disse J. Bradford Delong, ex- secretário adjunto o Tesouro americano e actual professor de economia na Universidade de Berkeley: “Assusta-me a magnitude da catástrofe, mas assusta-me ainda mais a aparente incapacidade da ciência económica académica para adoptar as medidas necessárias com vista a preparar-se para o futuro”; ou ainda “necessitamos mais de historiadores do pensamento económico do que de construtores de modelos”.
Mas tudo isto são questões que a Cavaco não se põem. As infalíveis certezas de Cavaco apenas nos garantem a certeza das suas limitações.
Cavaco foi hoje ao Instituto Superior de Economia e Gestão comemorar os 100 anos da Instituição. E como é um homem que nunca se engana e raramente tem dúvidas (atributos indiscutíveis de um verdadeiro cientista) passou parte da sua intervenção a citar-se, lendo extensos trechos da oração de sapiência que ali proferiu em 1982. Entre as pérolas com que brindou a assistência, vale a pena sublinhar esta: "E entendia então, tal como hoje continuo a entender, que cabe aos economistas “convencer os políticos e outros decisores da sua utilidade”; ou seja, “que a decisões económicas baseadas nos seus conhecimentos têm mais possibilidade de acertar do que as decisões baseadas na ignorância”.
Ou seja, é caso para nós dizermos agora: em cerca de trinta anos Cavaco não aprendeu nada.
Se Cavaco tivesse a humildade de dizer, como ainda recentemente disse J. Bradford Delong, ex- secretário adjunto o Tesouro americano e actual professor de economia na Universidade de Berkeley: “Assusta-me a magnitude da catástrofe, mas assusta-me ainda mais a aparente incapacidade da ciência económica académica para adoptar as medidas necessárias com vista a preparar-se para o futuro”; ou ainda “necessitamos mais de historiadores do pensamento económico do que de construtores de modelos”.
Mas tudo isto são questões que a Cavaco não se põem. As infalíveis certezas de Cavaco apenas nos garantem a certeza das suas limitações.
1 comentário:
J. Bradford Delong,sabe que nada sabe, o que é um bom começo para começar a arranjar uma solução.“Assusta-me a magnitude da catástrofe, mas assusta-me ainda mais a aparente incapacidade da ciência económica académica para adotar as medidas necessárias com vista a preparar-se para o futuro”.
Já o nosso PR, ainda não sabe que nada sabe, e por isso se cita a si próprio pretendo fazer um discurso de sapiência!!! Bom artigo!
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