PRIMEIRO OS BATEDORES,
DEPOIS O GOVERNO
Passos Coelho anunciou hoje que o Governo vai acelerar as
reformas estruturais. Que reformas são essas?
As respostas já foram dadas por António Borges e por Medina
Carreira.
António Borges, ex-empregado da Goldman Sachs - grande multinacional do sistema finaceiro sempre muito próxima de tudo o que é dinheiro, como as privatizações -, administrador do Pingo Doce, responsável
pelas privatizações, declarou hoje que “baixar
os salários é uma urgência”.
Esta é a grande “reforma estrutural” que o Governo obsessivamente
persegue sem até agora a ter conseguido alcançar como deseja.
Ter o sr. Borges nas privatizações e no Pingo Doce, e, melhor
do que isso, manter a Goldman Sachs, de que já foi empregado, perto das
privatizações, já não merce qualquer reforma tanto mais que “o extraordinário povo
português” poderia não a compreender. Fazer de Portugal um país do terceiro
mundo, essa sim, a grande reforma que Passos Coelho tem em mente.
Mas há mais: o aparentemente catastrofista Medina Carreira, na
realidade um simples de batedor, com lugar destacado nos media para melhor moldar a vontade do “extraordinário povo
português”, também já anunciou a inevitabilidade de outras “reformas
estruturais”. Este objectivo, que o Governo para já mantém oculto por ainda não
ter o timing certo para o ir anunciando, vai contando entretanto com o inestimável apoio de todos os
que se vão encarregando de demonstrar que com este nível de despesa pública não
há solução para Portugal. Logo, “é preciso
reformar o Estado social sob pena de isto cair no caos”, como
frequentemente tem anunciado Medina Carreira.
E ai temos, somando um mais um, a aceleração das reformas
estruturais que o PM já prometeu.
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