O CDS AO ATAQUE
O CDS saudou efusivamente a demissão de Relvas nas
televisões, nos jornais e nas redes sociais como se de uma conquista partidária
se tratasse, embora sempre disfarçada por uma retórica que liga o seu afastamento
a uma exigência de credibilidade do Governo imposta pela “grave situação que o
país atravessa”.
Mas não foi certamente pelas melhores razões que o CDS tanto se
congratulou pela demissão de Relvas. Relvas
constituía dentro do Governo a “barreira laranja ”que impedia um maior protagonismo
do CDS na chamada “coordenação política” e que mantinha Portas devidamente
afastado do núcleo duro do Governo. Além de que Relvas, pelos meios de que dispunha,
tinha acesso a múltiplos “segredos” que incomodam Paulo Portas bem como a
possibilidade de os pôr a circular por via das várias agências de comunicação que tinha ao
seu serviço.
Com Relvas fora do Governo e o seu alter ego de partido “desterrado”
num lugar secundário da Segurança Social, o CDS vai tentar prevalecer-se da
situação assim criada para reforçar a sua posição na coligação e,
finalmente, aceder à dita “coordenação política” que é o lugar de eleição para
a defesa dos interesses partidários no Governo.
O CDS saudou também a honestidade política de Crato que
tratou Relvas como um outro qualquer mortal, mas “esqueceu-se” de repartir
esses louvores pelo Secretário de Estado do Ensino Superior, João Filipe
Queiró, que parece ter tido um papel decisivo no “affaire Relvas”…
1 comentário:
Por aqui, tudo bem...
Gostei da sua observação.
Abracinho
AM
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