O RECONHECIMENTO DO KOSOVO
Os jornais de hoje insistem que está para breve o reconhecimento do Kosovo e que o Ministro dos Negócios Estrangeiros se prepara para anunciar na próxima semana esse reconhecimento, depois de o ter comunicado aos partidos parlamentares.
Se a notícia vier a confirmar-se, Sócrates terá perdido a grande oportunidade de ficar na História de Portugal como o único político, até hoje, capaz de conduzir, em democracia, a política externa com relativa independência. Claudicando numa questão tão simbolicamente significativa, Sócrates degrada a sua imagem e deixa-se equiparar àqueles que sempre estão disponíveis para conduzir uma diplomacia servil.
Não há pressões de Condolezza Rice, nem de Miliband, nem de Bruxelas, nem da França (desta, estupidamente), nem da Alemanha que possam justificar o acto de Portugal.
Que Amado o quisesse fazer, pelas razões caricatamente apresentadas numa entrevista concedida a Teresa de Sousa, no Público, compreender-se-ia. Que Sócrates o siga, é uma profunda decepção!
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