quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A COELHA VAI A VOTOS?



É O QUE DIZEM OS APOIANTES DE CAVACO SILVA

Quem ouve os apoiantes de Cavaco Silva nas televisões, na rua, na campanha não pode deixar de concluir que as questões a que Cavaco Silva não quer responder vão ficar esclarecidas no próximo dia 23.
É o que eles dizem: o povo português vai responder às vossas dúvidas no próximo domingo!
Grande democracia a nossa, não há dúvida: a democracia que leva a votos os negócios particulares de Cavaco Silva!
ADITAMENTO
Entretanto, corre na internet notícia de que uma revista, a Sábado, encontrou num cartório de Lisboa a escritura de aquisição da casa(?), terreno (?) da Praia da Coelha. Sem prejuízo de esclarecimentos mais detalhados que a revista amanhã possa publicar, o que hoje vem publicado não esclarece rigorosamente nada.
A questão está em saber o que se trocou, o que foi permutado entre os contraentes. Aparentemente (e digo aparentemente porque não tenho elementos para mais), a prestação de Cavaco Silva foi a vivenda que tinha no Algarve, em Montechoro, e a contra-prestação do outro permutante - aparentemente uma empresa (?) gerida (?), maioritariamente detida, (?) por Fernado Fantasia (?) - o que deu em troca? Esta é que é a questão. Ou seja, saber se há ou não correspectividade entre as prestações.
E claro que o problema põe-se - há que dizê-lo com toda a frontalidade, plagiando Baptista Bastos - porque os negócios feitos por gente ligada à SLN/BPN tinham tudo menos correspectividade (equilíbrio, equivalência) entre as prestações, como o inquérito parlamentar amplamente documentou, o Banco de Portugal confirmou e o erário público pagou!

1 comentário:

jvcosta disse...

Quanto a esta nossa democracia, à zanga primária, emotiva e irracional das gentes, mas à sua impotência para qualquer coisa mais do que ouvir os big brothers televisivos ou entrar no passa mail de baixa política, a toda uma campanha de descrédito da democracia, ao terreno fértil para todas as perversões populistas/berlusconianas, não sei o que dizer.

Falamos daqui a dois ou três anos.