LOGO A SEGUIR ÀS PRESIDENCIAIS
A direita ficou manifestamente nervosa com as notícias hoje divulgadas sobre as contas públicas e a possibilidade de elas poderem contribuir para um relativo abaixamento de juros em consequência da influência “negativa” que tais notícias possam ter sobre os predadores financeiros.
E por isso rapidamente apresentou novos argumentos justificativos da presença da funesta instituição (FMI), como as projecções do Banco de Portugal para o próximo ano, a desorçamentação de alguns pesados encargos e vários outros de modo a criar um clima económico-financeiro pouco tranquilizador para os credores. Basta ver como nos canais de notícias de hoje à noite a conhecida matilha de economistas de direita e de extrema-direita, além dos habituais oportunistas de turno, se afadigaram na demonstração de que os resultados do défice orçamental de 2010 são enganadores.
Por que é que a direita deseja tão ardentemente a presença do FMI? Não seguramente tanto pela possibilidade de chegar ao poder o mais depressa possível, pois Cavaco (se for eleito) só dissolverá o Parlamento se tiver a certeza da formação de uma nova maioria, como pela esperança, que os exemplos conhecidos já tornam certeza, de que o FMI imponha finalmente o programa por que a direita aspira.
Qual é esse programa? A receita é conhecida. A pretexto de garantir recursos por um determinado período de tempo, aliás a juros bem elevados, o FMI arrogar-se-á o direito de exigir mais despedimentos, inclusive aqueles que agora não são possíveis, como na função pública; baixar os salários, incluindo o salário mínimo; limitar ao mínimo os apoios sociais ou mesmo eliminá-los, como será o caso do rendimento social de inserção, do subsídio de desemprego, etc.; liberalizar e embaratecer os despedimentos; acabar com o serviço nacional de saúde como serviço universal tendencialmente gratuito; onerar pesadamente o ensino, nomeadamente o superior; limitar os descontos das entidades patronais para a segurança social, estabelecendo igualmente um tecto para os descontos dos subscritores e para as próprias reformas, de modo a acabar com o princípio da solidariedade intergeracional e a abrir por esta via o caminho para a privatização da parte “rica”da segurança social; enfim, privatizar tudo que ainda houver para privatizar.
Este o programa de todos aqueles que se desdobram em argumentos para justificar a presença do FMI.
A direita ficou manifestamente nervosa com as notícias hoje divulgadas sobre as contas públicas e a possibilidade de elas poderem contribuir para um relativo abaixamento de juros em consequência da influência “negativa” que tais notícias possam ter sobre os predadores financeiros.
E por isso rapidamente apresentou novos argumentos justificativos da presença da funesta instituição (FMI), como as projecções do Banco de Portugal para o próximo ano, a desorçamentação de alguns pesados encargos e vários outros de modo a criar um clima económico-financeiro pouco tranquilizador para os credores. Basta ver como nos canais de notícias de hoje à noite a conhecida matilha de economistas de direita e de extrema-direita, além dos habituais oportunistas de turno, se afadigaram na demonstração de que os resultados do défice orçamental de 2010 são enganadores.
Por que é que a direita deseja tão ardentemente a presença do FMI? Não seguramente tanto pela possibilidade de chegar ao poder o mais depressa possível, pois Cavaco (se for eleito) só dissolverá o Parlamento se tiver a certeza da formação de uma nova maioria, como pela esperança, que os exemplos conhecidos já tornam certeza, de que o FMI imponha finalmente o programa por que a direita aspira.
Qual é esse programa? A receita é conhecida. A pretexto de garantir recursos por um determinado período de tempo, aliás a juros bem elevados, o FMI arrogar-se-á o direito de exigir mais despedimentos, inclusive aqueles que agora não são possíveis, como na função pública; baixar os salários, incluindo o salário mínimo; limitar ao mínimo os apoios sociais ou mesmo eliminá-los, como será o caso do rendimento social de inserção, do subsídio de desemprego, etc.; liberalizar e embaratecer os despedimentos; acabar com o serviço nacional de saúde como serviço universal tendencialmente gratuito; onerar pesadamente o ensino, nomeadamente o superior; limitar os descontos das entidades patronais para a segurança social, estabelecendo igualmente um tecto para os descontos dos subscritores e para as próprias reformas, de modo a acabar com o princípio da solidariedade intergeracional e a abrir por esta via o caminho para a privatização da parte “rica”da segurança social; enfim, privatizar tudo que ainda houver para privatizar.
Este o programa de todos aqueles que se desdobram em argumentos para justificar a presença do FMI.
6 comentários:
Caro amigo JMCorreia-Pinto,
Desculpe dizer-lhe... o texto é óptimo e subscrevo-o... mas, o "boneco" é... genial!!! :)))
Adorei!
Obrigado por me fazer sorrir com gosto! :)
Abraço.
ESTA DIREITA QUE TEMOS É DO MAIS REACCIONARIO E MAIS ANTIPATRIOTICA QUE POSSIVEL É IMAGINAR...
E O CINISMO, FILHACABRÃOZICE DE CAVACU ENTÃO, ULTRAPASSA TODOS CANONES DAS SANTAS RELIGIÕES UNGIDAS...
MAS EU CREIO QUE...
A LUTA CONTINUA!!!
1º) Realmente, é vê-los a fazer estas coisas para, depois, ouvi-los dizer que eles é que são patriotas ...
Nada de surpreendente, no entanto. Muitos deles são autênticos beatos, é só caridade e dar esmolas, mas quando se fala em aumentar salários dos trabalhadores, cai-se-lhes a máscara.
2º) Há algumas horas, tropecei no seguinte endereço (que achei interessante para referir aqui):
http://transparencia-pt.org/
Trata-se duma plataforma onde estão elencados os contratos tratados pela administração pública pela via do "ajuste directo".
Esta plataforma foi desenvolvida para resolver as muitas dificuldades com a pesquisa e navegação no sítio oficial www.base.gov.pt (o portal dos contratos públicos).
Recomendo a leitura da página
É a versão nacional do WikiLeaks.
Assim, sempre ficamos a saber o estrago que é criado pelos verdadeiros causadores da crise, o pessoal que come à mesa do orçamento!
princípio da solidariedade intergeracional = Ter um palerma de 30 ou 40 anos que paga a tua rica reforma por inteiro. Palerma esse que não vai ter ninguém para pagar a dele.
Mass isso não te preocupa, pois quando esse tempo chegar já estás na quinta das tabuletas.
É um prazer incomodar a direita cavernícola. Pena que seja só com palavras...
só a direita?
até há barões socialistas do deserto a sul do Tejo rezando pelas alminhas
e até uns vereadores lisboetas e do Porto
segundo as más (boas) línguas
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