quinta-feira, 7 de março de 2013

BANCOS SOB SUSPEITA DE CARTELIZAÇÃO


 
E O RESULTADO ESTÁ À VISTA

Os noticiários de ontem e os jornais de hoje não pouparam nas palavras para nos dar a conhecer a mega operação contra bancos suspeitos de cartelização numa investigação comandada pela Autoridade da Concorrência, ainda dirigida por Manuel Sebastião.

Sobre esta matéria apenas sabemos o que dizem os jornais e o que disse Ulrich. Ah, mas ainda sabemos outra coisa. Sabemos que Sebastião é o tal responsável pela concorrência que durante cerca de um ano andou com a lâmpada de Aladino à procura de um documento que provasse que as grandes distribuidoras de combustível combinavam preços. Mas não encontrou nada. Ele não encontrou nada, mas os portugueses que aos milhões andavam nas estradas de Portugal viam todos os dias que os preços eram iguais em todas gasolineiras das grandes marcas. Claro, coincidências. E nada se pode fazer contra as coincidências.

Ah, sabemos ainda outra coisa. Sabemos que os bancos estão debaixo de fogo por todas as malfeitorias que têm praticado no mundo e também em Portugal. E sabemos que têm ficado impunes por essas malfeitorias e, como se isso não bastasse, sabemos também que somos nós que as estamos a pagar, não apenas com dinheiro, com os nossos salários e as nossas pensões, mas também com o nosso futuro, com o futuro dos nossos filhos e dos nossos netos.

Ulrich, o "sem abrigo" do aguenta, aguenta, com o seu reconhecido talento político, já veio dizer que apoiava a operação, mais umas tretas de concorrência para aqui e para ali. Tudo muito óbvio…

Nada, portanto, melhor do que uma mega operação para baixar a tensão. Em Portugal substituíram-se as famosas “comissões de inquérito” e os “grupos de trabalho”, de que a malta toda já se ria, pelos mega processos ou pelas mega operações quando se pretende chegar a um resultado absolutamente idêntico ao daqueles grupos de trabalho ou comissões, com a vantagem de se animar a comunicação social durante um ou dois dias que deixa nesse entretempo de trazer a crise para a primeira página.  

Mas o que não deixa de ser interessante, qualquer que seja o objectivo desta operação, é tudo isto se ter passado à margem do Banco de Portugal. Ou seja, fica mais uma vez provado que o BdP não regula coisa nenhuma e só lá está para proteger e apoiar o capital financeiro.

 

1 comentário:

Anónimo disse...

Show e mais Show para entreter a tugada.
Cá na minha ignorância acho este tipo de investidas uma coisa delirante. Estão à espera de encontar documentos que estabeleçam as regras do conluio? Com o combustíveis ainda é mais fácil por até serem menos os "players". Estas "operações" não passam de manobras de diversão, cortinas de fumo para o pessoal pensar nisso e. se possível, convencer-se de que afinal os grandes não estão acima da lei..

lg