quarta-feira, 20 de março de 2013

BRAVO CHIPRE!


 

VAMOS A ELES!

O Parlamento cipriota recusou a proposta do Eurogrupo sem um único voto a favor do confisco.

Como se pode ler no relato que o Expresso faz da reunião do Eurogrupo, um bando de confiscadores capitaneados pela Alemanha e com a vergonhosa colaboração activa do FMI, mais um conjunto de lacaios, preparava-se para saquear cerca de metade dos depósitos cipriotas, acabando a "imposição" por ter ficado nos números que se conhecem. Dois dias depois, à semelhança do que fazem os salteadores, já se contentavam com o que Chipre lhes pudesse dar dar.

Acabaram por não levar nada graças à firmeza e ao patriotismo do Parlamento cipriota.

Sempre aqui defendemos que era absolutamente necessário fazer face a esse bando que hoje domina a União Europeia, a soldo da Alemanha. E que não interessava que o resistente fosse pequeno ou grande, mais forte ou mais fraco. O importante era que alguém abrisse as hostilidades. Esse passo está dado graças ao patriotismo e à coragem do Parlamento de Chipre.

Agora temos que saber tirar as consequências: derrubar imediatamente o Governo e empossar um governo patriótico que, sem o menor vestígio de colaboracionismo, defenda com firmeza os interesses nacionais.

Para isso será necessário deixar claro, sem ambiguidades, que Portugal rejeitará o Memorandum e só pagará a dívida nas condições permitidas pela sua economia.

É altura de actuar sem medo e com coragem: o colapso iminente do euro na União Europeia terá efeitos devastadores para os mais ricos.

É a hora de tomarmos a palavra. Temos de demonstrar que não temos medo.

Viva Chipre pelo exemplo que nos deu!

4 comentários:

Anónimo disse...

Zé Manel, o que se passou com Chipre foi importante porque mostrou em parte o bluff da troika - o BCE continua a assegurar-lhes a liquidez! Mas eles têm por detrás a Rússia, não te esqueças. E isto entra no "grande jogo" entre a Alemanha e a Rússia. Ora nós não temos Rússia...

a) Alcipe

jvcosta disse...

Mas não podemos ter o Brasil?

Anónimo disse...

Há uns bons anos (anos 80)houve um problema (China-URSS-Vietnam) de cujos pormenores já não me lembro. Assisti então a uma reunião da assembleia de freguesia onde um dos representantes do PS, a toda a força, insistia que fosse aprovada uma moção de apoio à China. Toda a gente achou espúria a pretensão até porque imaginava-se a magnitude dos efeitos geo-estratégicos que tal apoio viesse a ter...Mas foi difícil acalmar-lhe a fúria anti-social-fascista.
Rússia? A Rússia dso oligarcas e cleptocratas, que belo exemplo para apoio do povo "oprimido e enxovalhado" do Chipre! Afinal o cinismo de que foi acusado o Rumsfeld no Irão-Iraque é aceitável...
Na minha modesta opinião, se a coisa extravasar do critério estritamente económico quem decidirá é o poder central (do Império entenda-se).
Além do mais, só critico aos alemães o facto de, por um lado, não serem tão severos com as outras "lavandarias" e, por outro, fazerem pagar a conta a quem não se banqueteou. De qualquer modo a Merkell tem créditos nesta matéria (combate à evasão fiscal por exemplo) que poucos possuem.

Anónimo disse...

Bom, o BCE já esclareceu que só lhes assegura liquidez se eles forem solventes, quer dizer, têm que arranjar um plano qualquer de resgate para os bancos. A Rússia terá de entrar nisto, que era o que a Alemanha não queria.A Europa desfaz-se aos bocadinhos, muito eficientes são sempre os alemães a dar cabo da Europa...