O GRANDE EQUÍVOCO
As questões da democracia e da legitimidade estão na ordem do
dia. Quando Assis, Paulo Rangel, Augusto Santos Siva, Paulo Portas - enfim, o bloco central apendiculado
pelo CD - falam de nossa democracia, do respeito que ela nos deve merecer e da legitimidade do governo (não ficar ao sabor das manifestações, respeitar os mandatos, etc) do que estão a falar é disto que o Governo está a
fazer: negociar com a Troika o nosso futuro, cortes nos ordenados, nas pensões,
nas despesas sociais, sem que nós saibamos nada, absolutamente nada. E acham
perfeitamente normal, como ainda ontem se viu no debate quinzenal, que o
Primeiro Ministro, interpelado, responda com ar mais ou menos sarcástico:
“Estejam descansados porque como algumas dessas medidas têm de ter aprovação
parlamentar, elas virão necessariamente aqui”:
Só que esta democracia não é a nossa, nem é a daquelas
centenas de milhares de pessoas que se manifestam nas ruas. É contra isto que,
em última instância, se luta. Essa democracia representativa, de mandatos
incondicionados, em que os mandatários, em manifesta usurpação de poder, se
permitem fazer tudo, sem ouvir o povo, apresentando-lhe factos consumados,
muitos dos quais irreversíveis, tem de acabar.
Enquanto isto não acabar, vamos ter sempre os mesmos
problemas.
4 comentários:
Este governo perdeu a legitimidade há muito tempo e esta "democracia" é muito questionável.
Está completamente parasitada.
Parece óbvio que há "democracia" representativa a mais e democracia directa a menos.
Nos nossos tempos talvez já se justifique a retirada de alguma representatividade e a colocação de alguma directividade na democracia. Não que defenda que os cidadãos passem a votar as leis pelo Facebook, como parece que defende o Grili.
Mas é óbvio que se está a ir longe demais na democracia representativa. Tão longe, que a democracia se perde.
A democracia directa não é solução... mas votar em políticos não é passar um 'cheque em branco'!!!!!!
Os cidadãos não podem ver os políticos como um 'paizinho'... devem, isso sim, é exigir uma maior fiscalização e controlo sobre a actividade política!
O Presidente da República pode vetar uma lei... sem querer derrubar o governo!!!
Os contribuintes devem poder vetar uma despesa com a qual não concordam... sem querer derrubar o governo!!!
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AMCD disse:
«Este governo perdeu a legitimidade há muito tempo»
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-> Anda por aí muita música para entreter otários: leia-se, conversas que visam perpetuar/eternizar a parolização de contribuinte... e... desviar a atenção de certos interesses instalados...
-> Leia-se, apenas visam 'mudar as moscas'... ficando o sistema inalterável (vira o disco e toca o mesmo): um sistema muito permeável a lobbys... leia-se, um sistema muito permeável ao lobby dos políticos e a muitos outros - um exemplo: o lobby dos banqueiros.
-> Por um sistema menos permeável a lobbys... temos de pensar, não em «políticos governantes»... mas sim... em «políticos gestores públicos» que fazem uma gestão transparente para/perante cidadãos atentos... leia-se, temos de pensar em bons mecanismos de controlo... um exemplo: "O Direito ao Veto de quem paga" [blog 'fim-da-cidadania-infantil'].
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