quinta-feira, 4 de abril de 2013

RELVAS, FIM DE LINHA


 

O GOVERNO QUER FICAR
 

A primeira e mais importante conclusão que se pode tirar da demissão de Miguel Relvas é que o Governo quer ficar. Desiludam-se todos os que supuseram que uma eventual decisão negativa do Tribunal Constitucional implicaria a demissão do Governo.

Isso não acontecerá, qualquer que venha a ser o sentido e amplitude daquela decisão. O Governo manter-se-á porque o seu núcleo forte altamente comprometido com a Troika quer continuar e a Troika exige que o Governo continue. E continuará também porque Cavaco jamais tomará a iniciativa de o demitir ou de dissolver a Assembleia da República. E quanto ao CDS nem vale a pena falar, pois, como aqui se tem dito vezes sem conta, está porventura mais interessado na continuidade do Governo, como forma de participação sua no poder, do que o próprio PSD.

A saída isolada de Relvas significa, portanto, a manutenção do Governo, certamente remodelado para satisfação de algumas exigências do CDS que se continuará a bater por pastas que tenham politicamente pouco desgaste e alguma substância orçamental.

Mas a continuação do Governo também é má para a dupla Seguro/Zorrinho que apostou tudo numa próxima demissão. Com o Governo em funções pelo menos até às autárquicas, diminuem fortemente as hipóteses de Seguro poder vir a substituir Passos Coelho…

Quanto propriamente à saída de Relvas não há muito a dizer. Relvas estava muito fragilizado, é certo, mas perante a desgraça geral que este Governo representa para os portugueses, já não passava na fase em que as coisas estão de um mal menor. Para a sua saída contribuíram certamente os desenvolvimentos sobre a “licenciatura” que, caso venha a ser retirada, praticamente o impossibilitava de continuar em funções, mas também o “mistério” da contratação de Sócrates para a RTP na qual ele tem de estar directamente envolvido, por muito que se diga o contrário.

É difícil, sem conhecer bem os factos e, principalmente, a sua cronologia, saber como as coisas realmente se passaram. Pode ter acontecido que a evolução da questão da licenciatura e as suas eventuais consequências o tenham levado à contratação de Sócrates ou pode ter acontecido exactamente o contrário: ter sido a contratação de Sócrates que levou ao “desenvolvimento” das questões relacionadas com a licenciatura.

Uma coisa, porém, é certa: Passos Coelho e muita outra gente do PSD, para não falar do CDS, não acharam graça absolutamente nenhuma àquela contratação.

Relvas é um português típico por muito que isto custe ouvir ou até escrever. Compadrios, arranjos, cunhas, favores, retribuições e os ganhos correspondentes em influência, poder e “materialidades”. Desde a primeira hora se notava, até pelo seu passado na política, que estava longe de poder aspirar ao estrelato dos grandes nomes do PSD que medraram sob cavaquismo e fizeram depois fulgurantes carreiras na vida político-económica portuguesa. Sobrava-lhe em ambição o que lhe faltava em qualidades naturais para poder ascender impunemente ao título de “senador” com assento nos lugares honoríficos do Estado e ao convívio com príncipes árabes e ex-governantes em coutadas selectas onde até as próprias presas são escolhidas em conformidade. Como não sabe caçar…foi caçado!

 

2 comentários:

Anónimo disse...

Vamos lá ver se a gente se entende?!

Então e o outro? O mitómano fez exames de disciplinas não curricularmente previstas, fez exames por fax, correspondia-se "cartularmente" com os professores sobre o de(curso) da sua aprendizagem, teve equivalências estranhas, realizou exames ao domingo, dia em que concluiu o curso.

O original do seu curriculum académico anda sabe-se-lá por onde, há documentos fotocopiados que não são exactamente iguais entre si.

Quando se levantou controvérsia sobre a "existência" do seu curso e da forma como foi obtido por, entre outras razões, ter sido concluído num domingo, "branqueou" a situação e vitimizou-se, foi para a televisão, que servilmente "O convidou" para uma entrevista para o efeito, desmentir o evidente e acusar quem o acusava, o ministério apropriou-se do seu processo académico para evitar que fosse consultado, e nada foi feito quanto à atribuição do seu grau académico, apesar da universidade privada onde o obteve ter sido encerrada por evidentes "falcatruas" e outras "bandalheiras".

Entrementes manteve-se como primeiro ministro, manteve-se como "inginheiro", ganhou eleições, rebentou com as finanças públicas - houve "indícios" de estar envolvido em negócios "estranhos" mas, o único resultado visível de tudo isso foi um processo judicial com buracos recortados nas folhas!
Atirou o país para uma enorme crise financeira e orçamental em face da qual teve que ser "empurrado para fora" do governo antes que o país "desaparecesse do mapa", e, espantosamente, não lhe aconteceu nada!! Nada! Nadinha mesmo!

Foi calmamente estudar "philosophia" para Paris, sabe-se lá em que escola (a Science Porra!), com um "empréstimo" do "seu" banco, tornou-se delegado de propaganda médica e aparece agora como comentador político na televisão do Estado.

Continua "inginheiro", agora também "philosopho", é consultor (ou seja, faz negociatas legitimadas pelos vampiros da Octapharma) de "produtos para a saúde" e vem agora para a televisão pública "desancar" os seus opositores (no P$ e fora dele) visando abrir caminho para as suas (sempre negadas, o que, no seu caso, significa que são mais que verdadeiras) ambições politicas!!!

Então, como é???

Anónimo disse...

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