DEPOIS DO ADIAMENTO PARA O OUTONO
A argumentação é conhecida: ou Barroso era eleito hoje pelo Parlamento Europeu, ou o adiamento para o Outono complicaria irremediavelmente a sua candidatura. No Outono, com o Tratado de Lisboa já em vigor, além do Presidente da Comissão, vai ser necessário nomear também o Presidente do Conselho e o Alto Representante. Com tanta nomeação para fazer, todas ao mesmo tempo ou quase, impor-se-á a busca de equilíbrios entre as diversas forças políticas, entre grandes e pequenos, homens e mulheres, etc., o que acabará por prejudicar inevitavelmente a candidatura de Barroso.
Pese embora a perfídia de Sarkozy que, pelo menos, desde Dezembro, tem dado repetidas provas de que não morre de amores por Barroso e a falta de entusiasmo de Merkel que, de bom grado, veria Barroso substituído por outro nome, é subestimar excessivamente a capacidade política de Barroso dar a sua candidatura por morta. A designação recentemente feita pelo Conselho por procedimento escrito se, por um lado, é um sinal de fraqueza, por outro lado deixa antever uma indiscutível vontade de lutar pelo lugar, mesmo contra a vontade dos “dois grandes”. E pode até acontecer, embora se não trate de tarefa fácil, que a força da sua candidatura possa estar na sua fraqueza. Por outras palavras, Barroso poderá, com todos os cuidados que a situação exige, apresentar-se aos olhos de muitos dos Estados como um europeu ao serviço de todos, nomeadamente dos que mandam menos e não apenas mais um ao serviço da França e da Alemanha. É muito difícil, mas não é impossível,
A argumentação é conhecida: ou Barroso era eleito hoje pelo Parlamento Europeu, ou o adiamento para o Outono complicaria irremediavelmente a sua candidatura. No Outono, com o Tratado de Lisboa já em vigor, além do Presidente da Comissão, vai ser necessário nomear também o Presidente do Conselho e o Alto Representante. Com tanta nomeação para fazer, todas ao mesmo tempo ou quase, impor-se-á a busca de equilíbrios entre as diversas forças políticas, entre grandes e pequenos, homens e mulheres, etc., o que acabará por prejudicar inevitavelmente a candidatura de Barroso.
Pese embora a perfídia de Sarkozy que, pelo menos, desde Dezembro, tem dado repetidas provas de que não morre de amores por Barroso e a falta de entusiasmo de Merkel que, de bom grado, veria Barroso substituído por outro nome, é subestimar excessivamente a capacidade política de Barroso dar a sua candidatura por morta. A designação recentemente feita pelo Conselho por procedimento escrito se, por um lado, é um sinal de fraqueza, por outro lado deixa antever uma indiscutível vontade de lutar pelo lugar, mesmo contra a vontade dos “dois grandes”. E pode até acontecer, embora se não trate de tarefa fácil, que a força da sua candidatura possa estar na sua fraqueza. Por outras palavras, Barroso poderá, com todos os cuidados que a situação exige, apresentar-se aos olhos de muitos dos Estados como um europeu ao serviço de todos, nomeadamente dos que mandam menos e não apenas mais um ao serviço da França e da Alemanha. É muito difícil, mas não é impossível,
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