O POVO SAIU À RUA
As últimas notícias relatam a existência de confrontos, em Maputo, entre polícias e manifestantes, principalmente jovens ou mesmo crianças, que se insurgiram contra o aumento de preços de bens essencias.
Gente com fome e sem meios para aceder a bens indispensáve à sua sobrevivência assaltou lojas e saqueou estabelecimentos, nos subúrbios e no centro da cidade. Cumprindo ordens das autoridades, implacáveis perante a ilegalidade, a polícia fez frente aos manifestantes, atirando a matar.
Diz-nos história que estes actos são ilegais, quando os manifestantes perdem, e tornam-se legais e até heroicos, se os manifestantes ganham.
Estas medidas de “ajustamento” postas em prática em todo o mundo, umas vezes para equilibrar as contas públicas outras para restabelecer os lucros privados, sempre ditadas pelo nobre propósito de assegurar a “salus populis”, não são infelizmente compreendidas pelo povo que, na sua terrível ignorância, é incapaz de interiorizar as vantagens cientificamente projectadas pelos seus mentores e autores.
Na Europa, onde as dificuldades são obviamente de outra natureza e onde o povo tem outra cultura, a política de “rigueur” tem sido conjunturalmente atenuada com a “caça aos ciganos”, que tem a dupla vantagem de ser eleitoralmente rentável e socialmente compreendida como uma medida capaz de contribuir para o restabelecimento do prestígio e da hegemonia europeias!
As últimas notícias relatam a existência de confrontos, em Maputo, entre polícias e manifestantes, principalmente jovens ou mesmo crianças, que se insurgiram contra o aumento de preços de bens essencias.
Gente com fome e sem meios para aceder a bens indispensáve à sua sobrevivência assaltou lojas e saqueou estabelecimentos, nos subúrbios e no centro da cidade. Cumprindo ordens das autoridades, implacáveis perante a ilegalidade, a polícia fez frente aos manifestantes, atirando a matar.
Diz-nos história que estes actos são ilegais, quando os manifestantes perdem, e tornam-se legais e até heroicos, se os manifestantes ganham.
Estas medidas de “ajustamento” postas em prática em todo o mundo, umas vezes para equilibrar as contas públicas outras para restabelecer os lucros privados, sempre ditadas pelo nobre propósito de assegurar a “salus populis”, não são infelizmente compreendidas pelo povo que, na sua terrível ignorância, é incapaz de interiorizar as vantagens cientificamente projectadas pelos seus mentores e autores.
Na Europa, onde as dificuldades são obviamente de outra natureza e onde o povo tem outra cultura, a política de “rigueur” tem sido conjunturalmente atenuada com a “caça aos ciganos”, que tem a dupla vantagem de ser eleitoralmente rentável e socialmente compreendida como uma medida capaz de contribuir para o restabelecimento do prestígio e da hegemonia europeias!
2 comentários:
Um país dos mais pobres do mundo ( tal o deixaram os portugueses), arrasado por um guerra civil telecomandada e apostas económicas que já tinham mostrado a sua inaplicabilidade (Galbraith/Nyerere)não permitiriam grandes melhorias da vida da população. Agora acrescente-se a duplicação das bocas a alimentar...
O pequeno Sarkozy age como já nos habituou, mas nem por isso a maioria das pessoas passou a ter grande simpatia pela causa cigana, salvo, claro, os indefectíveis do pc ( politicamnete correcto). Sobre isto o autor sabe bem os "duradouros êxitos" dos governos comunistas da Hungria na matéria.
Caro JMCorreia Pinto,
Fiz link para "A Carta a Garcia".Obrigado,
Abraço,
OC
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