AINDA A PROPÓSITO DO ORÇAMENTO
Quando há dias, a propósito da dívida e do défice, se falava aqui da malandragem, deixando muito pouco espaço para o malandro que “na dureza, senta à mesa do café, bebe um gole de cachaça…”, que tanto incomoda o Portas por estar a receber o Rendimento Social de Inserção, e se focalizava a atenção “no malandro com retrato na coluna social”, que vota as suas próprias reformas milionárias, que acumula diversas reformas dando qualquer uma delas para pagar a mais de cem reformados com a pensão mínima, que além disso ainda aufere um milionário ordenado numa empresa privada para onde se passou depois de ter exercido funções ministeriais ou equivalentes em áreas nevrálgicas (e nevrálgicas são as que têm dinheiro, muito dinheiro…), tinha-se consciência que o “malandro português” não se conforma em ser um “malandro com gravata e capital”, quer muito mais, quer ditar regras de conduta a quem governa e exige cortes brutais ou selvagens na despesa social, que acode a quem mais necessita, para deixar incólumes os rendimentos que ainda podiam e deviam ser onerados com mais impostos.
Basta ouvir os noticiários de hoje, e escutar os comentários daqueles que, a propósito do próximo orçamento e das palavras ontem proferidas pelo Secretário-geral da OCDE, exigem cortes na despesa social e rejeitam com agressividade qualquer aumento de impostos, para de imediato se perceber a distância que separa os seus autores daqueles outros que, como Ramalho Eanes, teceram considerações sensatas sobre as responsabilidades pela situação actual. É distância que separa a malandragem da seriedade.
Não se cita Ramalho Eanes para o erigir em paradigma da honestidade pública. Cita-se Ramalho Eanes, independentemente de com ele se concordar ou não politicamente, porque é um homem sério, apesar de ter exercido relevantes funções políticas.
Basta ouvir os noticiários de hoje, e escutar os comentários daqueles que, a propósito do próximo orçamento e das palavras ontem proferidas pelo Secretário-geral da OCDE, exigem cortes na despesa social e rejeitam com agressividade qualquer aumento de impostos, para de imediato se perceber a distância que separa os seus autores daqueles outros que, como Ramalho Eanes, teceram considerações sensatas sobre as responsabilidades pela situação actual. É distância que separa a malandragem da seriedade.
Não se cita Ramalho Eanes para o erigir em paradigma da honestidade pública. Cita-se Ramalho Eanes, independentemente de com ele se concordar ou não politicamente, porque é um homem sério, apesar de ter exercido relevantes funções políticas.
3 comentários:
Absolutamente! Numa altura em que este malandros engravatados deveriam esconder-se das malvadezas que cometeram, uns na "legalidade" que eles próprios teceram (recorde-se as famosas comissões "independentes" que estabeleceram as generosas tabelas remuneratórias...), outros na criminalidade pura, outros, ainda, sabujando e bajulando os chefes das quadrilhas, todos enfeitados de conhecimentos "científicos" inquestionáveis, com total ausência de vergonha vêm c---- postas de moralidade financeira para os outros, porque os outros é que são em grande número. O dr Catroga é um exemplo desta interesseira dualidade, foi-o ainda em recente entrevista na Televisão onde não foi confrontado com nenhuma pergunta incomodante, como é hábito da srª Judite de Sousa.LG
Seja o Brecht seja o Chico Buarque a situação é para demais descrita e só não vê quem não quer,ou melhor quem quer que outros sejam cegos
M.M.
Catroga foi entrevistado pela 1ª dama de Sintra?!?
Meu Deus, o nível do programa dela desceu mesmo baixo ...
Agora já entrevista quem manda penhorar retretes?
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